UOL


São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mercado não vai se decepcionar com decisão do Copom, diz Furlan

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Sem arriscar um palpite sobre a queda na taxa básica de juros que o Copom (Comitê de Polícia Monetária) anunciará ao final da reunião de hoje, o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) afirmou que o mercado não ficará decepcionado com a decisão do órgão técnico.
"A minha expectativa, e acho que é a expectativa de todas as torcidas do Brasil, é que o Copom decida pela redução da taxa de juros", afirmou o ministro, sem falar em quanto: "Aí há que adivinhar o resultado. Vai depender da área técnica do governo. Mas eu acredito que o mercado não vá se decepcionar".
Segundo Furlan, as "precondições" para a queda do juro estão colocadas em números sempre repetidos pelo ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda). Por isso disse existir a expectativa "nacional e internacional" de que os juros caiam.
"Certamente, o Copom vai analisar tecnicamente e vai ser sensível aos números que estão aí dados", disse o ministro.

TPM
O ministro até brincou com a situação ao falar na capital mineira para setores da sociedade civil que debatem o PPA (Plano Plurianual) 2004-07 da União: "Como diz o ministro Palocci, temos a tensão pré-Copom. Parece que não temos pílula para isso. Para a TPM, tem", disse ele, em alusão à tensão pré-menstrual.
Furlan citou alguns números que reforçariam a queda. Disse que, há um ano, os juros estavam em 18% (contra os 26% atuais), embora a projeção de inflação e o risco-país fossem maiores.

Exportação e agricultura
"O grande vetor de crescimento neste ano tem sido a exportação e a agricultura. Estamos tendo dificuldades em setores da área de comércio, indústria e serviços que não estão voltados para o comércio exterior. O crescimento de US$ 8 bilhões nas exportações neste ano vai representar mais de 1,5% do Produto Interno Bruto."
Por isso, disse que a redução dos juros e a aprovação das reformas pelo Congresso são necessárias para que o país tenha "uma plataforma de crescimento sustentável para os próximos anos".
(PAULO PEIXOTO)


Texto Anterior: Tensão Pré-Copom: Alencar volta a criticar juro "estratosférico"
Próximo Texto: Frase
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.