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Mercado não vai se decepcionar
com decisão do Copom, diz Furlan
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Sem arriscar um palpite sobre a
queda na taxa básica de juros que
o Copom (Comitê de Polícia Monetária) anunciará ao final da reunião de hoje, o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento,
Indústria e Comércio) afirmou
que o mercado não ficará decepcionado com a decisão do órgão
técnico.
"A minha expectativa, e acho
que é a expectativa de todas as
torcidas do Brasil, é que o Copom
decida pela redução da taxa de juros", afirmou o ministro, sem falar em quanto: "Aí há que adivinhar o resultado. Vai depender da
área técnica do governo. Mas eu
acredito que o mercado não vá se
decepcionar".
Segundo Furlan, as "precondições" para a queda do juro estão
colocadas em números sempre
repetidos pelo ministro Antonio
Palocci Filho (Fazenda). Por isso
disse existir a expectativa "nacional e internacional" de que os juros caiam.
"Certamente, o Copom vai analisar tecnicamente e vai ser sensível aos números que estão aí dados", disse o ministro.
TPM
O ministro até brincou com a situação ao falar na capital mineira
para setores da sociedade civil que
debatem o PPA (Plano Plurianual) 2004-07 da União: "Como
diz o ministro Palocci, temos a
tensão pré-Copom. Parece que
não temos pílula para isso. Para a
TPM, tem", disse ele, em alusão à
tensão pré-menstrual.
Furlan citou alguns números
que reforçariam a queda. Disse
que, há um ano, os juros estavam
em 18% (contra os 26% atuais),
embora a projeção de inflação e o
risco-país fossem maiores.
Exportação e agricultura
"O grande vetor de crescimento
neste ano tem sido a exportação e
a agricultura. Estamos tendo dificuldades em setores da área de comércio, indústria e serviços que
não estão voltados para o comércio exterior. O crescimento de
US$ 8 bilhões nas exportações
neste ano vai representar mais de
1,5% do Produto Interno Bruto."
Por isso, disse que a redução dos
juros e a aprovação das reformas
pelo Congresso são necessárias
para que o país tenha "uma plataforma de crescimento sustentável
para os próximos anos".
(PAULO PEIXOTO)
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