|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ata de reunião do Copom é evento mais aguardado
Nos EUA, divulgação do PIB
do 2º tri é principal destaque
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de não ser tão intensa
quanto a da semana passada, a
agenda de eventos econômicos
dos próximos dias vai trazer
importantes dados para o mercado financeiro balancear as
suas apostas.
A ata da reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária)
da semana passada poderá servir para os investidores ajustarem suas posições no mercado
futuro de juros da BM&F. A
maioria dos analistas espera
que a partir de seu próximo encontro o Copom passe a reduzir
a taxa básica da economia em
apenas 0,25 ponto percentual.
A ata irá apresentar as justificativas dos dirigentes do Copom para que a taxa básica tenha sido reduzida de 12% para
11,5% na semana passada. O
que chamou a atenção na decisão foi que quatro dos representantes do Copom optaram
por um corte de 0,50 ponto, e
os outros três preferiam que a
taxa tivesse caído 0,25 ponto.
"A agenda econômica da semana reserva importantes indicadores, concentrados na
quinta e na sexta. No cenário
interno, teremos a divulgação
da ata da última reunião do Copom, podendo sinalizar o posicionamento do Banco Central
em relação às metas de inflação
[destacadamente as de 2009] e
indícios para a decisão de setembro", diz análise elaborada
pela corretora Coinvalores.
Nos Estados Unidos, a divulgação do "livro bege" -compilação de dados econômicos
americanos feita pelo banco
central do país-, na quarta-feira, vai receber especial atenção
dos agentes do mercado.
O futuro da economia americana tem se mostrado ainda incerto. Os analistas não conseguem ter certeza se haverá espaço para os juros serem cortados no país ainda neste ano.
O "livro bege" trará um cenário mais amplo sobre como a
maior economia do mundo tem
se comportado.
Para países emergentes, como o Brasil, um aquecimento
acima do desejado nos EUA
não é positivo, pois pode ser
combatido com elevação de juros. E, se as taxas sobem nos
EUA, investidores ficam tentados a venderem ativos (títulos,
ações etc.) de emergentes.
Ainda sobre a economia dos
Estados Unidos, a semana trará, na sexta, a divulgação da primeira prévia do desempenho
do PIB (Produto Interno Bruto) do país no segundo trimestre de 2007.
"O PIB americano do segundo trimestre será o destaque da
agenda externa. O indicador
poderá mostrar sustentabilidade do crescimento moderado
para os próximos períodos, podendo repercutir positivamente sobre os mercados e manter
o bom humor dos agentes",
completa a Coinvalores.
Quedas moderadas
Após o corte de 0,50 ponto na
semana passada, a projeção
predominante no mercado financeiro é a de que a taxa básica brasileira seja reduzida de
forma mais branda nos próximos meses.
Ainda restam três reuniões
do Copom a serem feitas em
2007. A próxima está marcada
para os dias 4 e 5 de setembro.
As projeções apontam que
deverão acontecer ainda três
cortes de 0,25 ponto nos encontros, levando a taxa Selic a
10,75% em dezembro.
"O aumento do número de
diretores favoráveis a um corte
de 0,25 ponto não deve ser desprezado, pois sinaliza um Copom menos confiante em relação ao espaço para novas quedas de 0,50 ponto. No entanto,
como o Banco Central fez questão de ressaltar em seu último
comunicado, a decisão do próximo Copom é muito dependente da evolução do cenário
macroeconômico até lá", diz
Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
Texto Anterior: Paulista ainda está na frente do ranking anual de disputa Próximo Texto: Acaba hoje reserva de papéis do BNDESPar Índice
|