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Brasil é o 4º destino para investir, diz ONU
À frente do país estão China, Estados Unidos e Índia; a Rússia, outro membro do Bric, é o quinto, revela pesquisa da Unctad
Brasil melhorou de posição (era o quinto) em relação à sondagem de 2008 entre as economias mais atraentes para investimento externo
MARCELO NINIO
DE GENEBRA
Os quatro países emergentes
que formam o Bric -Brasil,
Rússia, China e Índia- estão
entre os cinco destinos mais
atraentes para o investimento
estrangeiro nos próximos anos,
mas a retomada dos fluxos globais só deve se consolidar a partir de 2011. Essas são algumas
das conclusões da pesquisa
anual de investimento da Unctad (Conferência das Nações
Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), que consultou
as maiores multinacionais do
planeta sobre seus planos no
exterior a médio prazo.
O Brasil melhorou de posição
em relação à sondagem de
2008, ao superar a Rússia e passar da quinta para a quarta colocação entre as economias
mais atraentes para investimentos externos. China, Estados Unidos e Índia, nessa ordem, lideram o ranking.
A pesquisa foi feita sob o pano de fundo de uma drástica redução nos investimentos globais no começo do ano.
Comparando com o mesmo
período de 2008, no primeiro
trimestre o fluxo de investimento estrangeiro direto caiu
54%, enquanto o montante de
fusões e aquisições teve queda
de 77%, afirma a Unctad.
"A má notícia é que, diante do
impacto negativo da crise econômica e financeira e das grandes incertezas sobre sua evolução no curto prazo, grandes
multinacionais de todo o mundo decidiram reduzir seus investimentos estrangeiros em
2009", disse James Zhan, diretor de investimento da Unctad.
Na pesquisa deste ano, 85%
das 241 empresas ouvidas pela
agência da ONU afirmaram que
a desaceleração da economia
mundial teve impacto negativo
em seus planos de investimento. No ano passado, a porcentagem fora de 40%.
A boa notícia, prosseguiu
Zhan, é que a pesquisa deste
ano com os empresários revelou a expectativa de uma "recuperação progressiva" nos fluxos de investimento estrangeiro direto a partir de 2010, que
ganhará corpo em 2011.
Isso é reflexo não apenas da
perspectiva de retomada da
economia mundial mas da
"crescente internacionalização" das multinacionais, disse
Zhan, acrescentando que essa
tendência é observada em todas as regiões, principalmente
nos países em desenvolvimento da Ásia.
Entre os principais destinos
de investimento, Brasil e EUA
melhoraram sua posição em relação ao ranking do ano passado. No caso do Brasil, Zhan disse que há entre os empresários
uma percepção positiva sobre a
resistência do país ao impacto
da crise, além da contínua atratividade de setores como o extrativista e de biocombustíveis.
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