São Paulo, quinta-feira, 23 de julho de 2009

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Bolsa de SP acompanha Nova York e recua 0,3%

Ganho no mês ainda é de 3,12%; fluxo cambial está negativo

DA REPORTAGEM LOCAL

No dia em que o Copom decidiu o que pode ter sido a última redução na taxa básica Selic de 2009, a Bolsa de Valores de São Paulo interrompeu a sequência de ganhos para terminar o pregão com leve baixa de 0,3%.
Como tem ocorrido, a Bovespa acompanhou de perto o rumo do mercado acionário norte-americano. Para o índice Dow Jones, que reúne 30 das ações mais negociadas dos EUA, o resultado de ontem foi recuo de 0,39%.
Com uma agenda econômica pouco intensa, o mercado concentrou suas atenções na divulgação de balanços corporativos nos EUA. Ontem foi a vez de Boeing e Pfizer mostrarem números melhores que as estimativas. Na outra ponta, o banco Morgan Stanley não agradou muito, ao divulgar seu terceiro trimestre de prejuízo.
Na Europa, o dia foi melhor para o mercado de ações. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as ações europeias de maior peso, registrou sua oitava alta seguida -subiu 0,21%- e foi a seu mais elevado patamar desde janeiro.
Apesar do recuo de ontem, a Bovespa se manteve acima dos 53 mil pontos -fechou com 53.072 pontos. O patamar representa valorização mensal de 3,12%. A cifra pode não parecer tão expressiva, mas significa o ganho bruto de mais de três meses em aplicações como os fundos DI (que pagam juros).
A entrada de capital externo tem ajudado a Bolsa a se manter em patamares mais elevados nos últimos pregões. Apesar de o saldo das operações dos estrangeiros no mercado local estar ainda negativo em julho, tem tido grande melhora. Nas duas primeiras semanas do mês, o balanço dos negócios da categoria estava negativo em R$ 2,14 bilhões. No último dia 17, o saldo negativo havia recuado para R$ 507,3 milhões.
Dados do BC mostraram que o fluxo de capital externo para o país está negativo em US$ 330 milhões no mês, segundo dado parcial até a última sexta-feira. Caso se mantenha pelos próximos dias, julho será o primeiro mês desde março em que as remessas de dólares feitas para o exterior superam os ingressos de recursos.
Mesmo assim, o saldo acumulado no ano é positivo, em US$ 2,336 bilhões. No mesmo período de 2008, porém, a entrada líquida de recursos externos foi de US$ 13,261 bilhões.
Neste mês, o que pesou para a piora nos resultados foi a queda no volume de dólares trazido ao país por exportadores.
O dólar teve ontem baixa de 0,21%, vendido a R$ 1,904.


Colaborou a Sucursal de Brasília


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