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Bolsa de SP acompanha Nova York e recua 0,3%
Ganho no mês ainda é de 3,12%;
fluxo cambial está negativo
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia em que o Copom decidiu o que pode ter sido a última
redução na taxa básica Selic de
2009, a Bolsa de Valores de São
Paulo interrompeu a sequência
de ganhos para terminar o pregão com leve baixa de 0,3%.
Como tem ocorrido, a Bovespa acompanhou de perto o rumo do mercado acionário norte-americano. Para o índice
Dow Jones, que reúne 30 das
ações mais negociadas dos
EUA, o resultado de ontem foi
recuo de 0,39%.
Com uma agenda econômica
pouco intensa, o mercado concentrou suas atenções na divulgação de balanços corporativos
nos EUA. Ontem foi a vez de
Boeing e Pfizer mostrarem números melhores que as estimativas. Na outra ponta, o banco
Morgan Stanley não agradou
muito, ao divulgar seu terceiro
trimestre de prejuízo.
Na Europa, o dia foi melhor
para o mercado de ações. O índice FTSEurofirst 300, que
reúne as ações europeias de
maior peso, registrou sua oitava alta seguida -subiu 0,21%-
e foi a seu mais elevado patamar desde janeiro.
Apesar do recuo de ontem, a
Bovespa se manteve acima dos
53 mil pontos -fechou com
53.072 pontos. O patamar representa valorização mensal de
3,12%. A cifra pode não parecer
tão expressiva, mas significa o
ganho bruto de mais de três
meses em aplicações como os
fundos DI (que pagam juros).
A entrada de capital externo
tem ajudado a Bolsa a se manter em patamares mais elevados nos últimos pregões. Apesar de o saldo das operações dos
estrangeiros no mercado local
estar ainda negativo em julho,
tem tido grande melhora. Nas
duas primeiras semanas do
mês, o balanço dos negócios da
categoria estava negativo em
R$ 2,14 bilhões. No último dia
17, o saldo negativo havia recuado para R$ 507,3 milhões.
Dados do BC mostraram que
o fluxo de capital externo para
o país está negativo em US$
330 milhões no mês, segundo
dado parcial até a última sexta-feira. Caso se mantenha pelos
próximos dias, julho será o primeiro mês desde março em que
as remessas de dólares feitas
para o exterior superam os ingressos de recursos.
Mesmo assim, o saldo acumulado no ano é positivo, em
US$ 2,336 bilhões. No mesmo
período de 2008, porém, a entrada líquida de recursos externos foi de US$ 13,261 bilhões.
Neste mês, o que pesou para
a piora nos resultados foi a queda no volume de dólares trazido ao país por exportadores.
O dólar teve ontem baixa de
0,21%, vendido a R$ 1,904.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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