São Paulo, quinta-feira, 23 de julho de 2009

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Fatia de emergentes no comércio mundial aumenta "um Brasil"

Segundo a OMC, países abocanharam mais um ponto, para 38%, em 2008; Brasil segue só com 1,2%

DE GENEBRA

Os países em desenvolvimento continuam ganhando espaço econômico, e sua fatia no comércio mundial voltou a bater recorde no último ano.
A constatação está no relatório anual da OMC (Organização Mundial do Comércio), divulgado ontem, que reflete sobre os custos e benefícios do uso de medidas protecionistas legais em tempos de crise.
Segundo o estudo, "a fatia das economias em desenvolvimento no comércio global de mercadorias estabeleceu um novo recorde em 2008, com exportações atingindo 38% do total mundial", um ponto percentual a mais do que no ano anterior. O volume de importações desses países também cresceu, de 32% para 34%.
Na soma, o aumento é muito próximo ao que coube ao Brasil no comércio mundial em 2008, 1,2%, segundo a OMC.
Embora a proporção seja idêntica à de 2007, o Brasil ganhou uma posição no ranking dos exportadores, tornando-se o 22º, com aumento de 23% das vendas ao exterior. Na lista dos importadores, o país ganhou três posições, para a 24ª, com aumento de 44% nas compras.
A Alemanha continua sendo a maior máquina de exportação do planeta, mas sua fatia do bolo encolheu de 9,5% para 9,1%, como reflexo direto da crise. Alguns especialistas já veem como iminente a perda da liderança para a China, cuja participação atingiu 8,9% do total.
O relatório da OMC confirma ainda a revisão negativa de sua projeção para o comércio mundial neste ano, de 9% de contração para 10%, como já vinha antecipando nas últimas semanas o diretor-geral da entidade, Pascal Lamy.
Em meio à maior queda no comércio global desde a Segunda Guerra, a OMC dedica a maior parte de seu relatório anual à discussão sobre "medidas de contingência" usadas para restringir as importações.
A conclusão é que ações legais para limitar as importações podem ser úteis como "válvula de escape" para que os países aliviem a pressão interna em tempos de crise, mas contêm o risco de alimentar a escalada protecionista. (MN)


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