São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fed leva Bolsa de SP ao vermelho em agosto

BC dos EUA fala em mais aperto, e Bovespa cai 1,3%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa amargou seu quarto pregão seguido de baixa. Ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou as operações com perdas de 1,3%.
Com a baixa de ontem, o Ibovespa, que é o índice mais relevante da Bolsa, entrou no vermelho no mês, com desvalorização acumulada de 1,08%.
O mercado financeiro se desanimou ontem com a declaração de Michael Moskow, o presidente do Fed regional de Chicago, de que um aperto adicional na política monetária dos EUA pode ainda ser necessário "para conduzir a inflação de volta a uma zona de conforto dentro de um espaço razoável de tempo".
O Fed (o banco central dos EUA) manteve os juros americanos em 5,25% ao ano neste mês. Mas o mercado ainda não tem certeza se a taxa será mantida ou elevada em setembro.
Em Nova York, o Dow Jones caiu 0,05% e a Bolsa eletrônica Nasdaq recuou 0,30% no pior momento do dia, mas acabou por encerrar com pequena elevação de 0,11%.
Os investidores estrangeiros ameaçaram retornar com maior força ao mercado acionário brasileiro nos primeiros dias de agosto. Mas essa possível tendência de melhora não se sustentou: no dia 18 deste mês, o saldo de negócios feitos na Bovespa com capital externo estava negativo em R$ 520,56 milhões. Em todo o mês de julho, esse balanço ficou negativo em R$ 654,93 milhões.

Câmbio
Com o cenário externo menos otimista, o dólar acabou por subir diante do real. Mas a alta foi leve, de 0,28%, e levou o dólar a R$ 2,138.
O Banco Central comprou, segundo estimativas, algo em torno de US$ 200 milhões das instituições financeiras em leilão feito na tarde de ontem.
O secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, afirmou que o governo não recorrerá ao mercado internacional para honrar os compromissos da dívida externa que vencerão até 2008 (leia à pág. B5). Operadores de câmbio entenderam que, com isso, as compras de dólares no mercado interno continuarão por um bom tempo.
As taxas futuras de juros recuaram na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence em janeiro de 2008, o mais negociado da BM&F, a taxa projetada recuou de 14,30% para 14,25%.


Texto Anterior: Ajuda financeira: Banco Mundial estuda formar "time anticorrupção" em países
Próximo Texto: Crise no campo: Agronegócio perderá peso em 2006, diz CNA
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.