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Fed leva Bolsa de SP ao vermelho em agosto
BC dos EUA fala em mais aperto, e Bovespa cai 1,3%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa amargou seu
quarto pregão seguido de baixa.
Ontem, a Bolsa de Valores de
São Paulo encerrou as operações com perdas de 1,3%.
Com a baixa de ontem, o Ibovespa, que é o índice mais relevante da Bolsa, entrou no vermelho no mês, com desvalorização acumulada de 1,08%.
O mercado financeiro se desanimou ontem com a declaração de Michael Moskow, o presidente do Fed regional de Chicago, de que um aperto adicional na política monetária dos
EUA pode ainda ser necessário
"para conduzir a inflação de
volta a uma zona de conforto
dentro de um espaço razoável
de tempo".
O Fed (o banco central dos
EUA) manteve os juros americanos em 5,25% ao ano neste
mês. Mas o mercado ainda não
tem certeza se a taxa será mantida ou elevada em setembro.
Em Nova York, o Dow Jones
caiu 0,05% e a Bolsa eletrônica
Nasdaq recuou 0,30% no pior
momento do dia, mas acabou
por encerrar com pequena elevação de 0,11%.
Os investidores estrangeiros
ameaçaram retornar com
maior força ao mercado acionário brasileiro nos primeiros
dias de agosto. Mas essa possível tendência de melhora não
se sustentou: no dia 18 deste
mês, o saldo de negócios feitos
na Bovespa com capital externo estava negativo em R$
520,56 milhões. Em todo o mês
de julho, esse balanço ficou negativo em R$ 654,93 milhões.
Câmbio
Com o cenário externo menos otimista, o dólar acabou
por subir diante do real. Mas a
alta foi leve, de 0,28%, e levou o
dólar a R$ 2,138.
O Banco Central comprou,
segundo estimativas, algo em
torno de US$ 200 milhões das
instituições financeiras em leilão feito na tarde de ontem.
O secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, afirmou
que o governo não recorrerá ao
mercado internacional para
honrar os compromissos da dívida externa que vencerão até
2008 (leia à pág. B5). Operadores de câmbio entenderam que,
com isso, as compras de dólares
no mercado interno continuarão por um bom tempo.
As taxas futuras de juros recuaram na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros). No
contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence em janeiro
de 2008, o mais negociado da
BM&F, a taxa projetada recuou
de 14,30% para 14,25%.
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