São Paulo, quinta-feira, 23 de agosto de 2007

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Furnas poderá entrar no leilão do Madeira

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo anunciou ontem que a estatal Furnas poderá participar, em consórcio com a empreiteira Odebrecht, do leilão da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira.
O governo tinha a intenção de fazer a licitação sem estatais, mas teve que obedecer a um acordo assinado entre as duas empresas, em 2005.
"Eles [Furnas e Odebrecht] têm um acordo já assinado, e a gente viu que ia dar uma confusão jurídica muito grande", informou o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, sobre a decisão.
Para tornar o leilão atrativo a outros investidores privados, o governo oferecerá a participação de outras subsidiárias da Eletrobrás.
Segundo Hubner, as demais subsidiárias da Eletrobrás oferecerão as mesmas condições de Furnas aos seus parceiros privados: mesmo percentual de participação e mesma taxa de retorno do investimento.
"A gente quer fazer uma coisa mais pública. A Eletrobrás vai definir as regras para suas empresas controladas e vai ser feito um anúncio público para que as empresas privadas interessadas procurem e iniciem o processo de negociação", afirmou o ministro.

Leilões
O leilão da hidrelétrica de Santo Antônio (3.150 MW, megawatts) está previsto para acontecer em 30 de outubro. Ontem, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), informou que a outra hidrelétrica -Jirau (3.300 MW)- será leiloada em março do ano que vem.
A linha de transmissão ligando Porto Velho (RO) a Araraquara (SP) será licitada entre julho e setembro do ano que vem.
Os investimentos para a construção das duas usinas estão estimados entre R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões.
A definição sobre a participação de empresas estatais era um dos principais entraves ao leilão. Desde que a licença ambiental foi concedida, no início de julho, o governo trabalhava para tentar evitar que a licitação fosse paralisada por uma disputa jurídica entre duas das maiores empreiteiras nacionais -a Odebrecht e a Camargo Corrêa.


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