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Furnas poderá entrar no leilão do Madeira
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo anunciou ontem
que a estatal Furnas poderá
participar, em consórcio com a
empreiteira Odebrecht, do leilão da usina hidrelétrica de
Santo Antônio, no rio Madeira.
O governo tinha a intenção
de fazer a licitação sem estatais,
mas teve que obedecer a um
acordo assinado entre as duas
empresas, em 2005.
"Eles [Furnas e Odebrecht]
têm um acordo já assinado, e a
gente viu que ia dar uma confusão jurídica muito grande", informou o ministro interino de
Minas e Energia, Nelson Hubner, sobre a decisão.
Para tornar o leilão atrativo a
outros investidores privados, o
governo oferecerá a participação de outras subsidiárias da
Eletrobrás.
Segundo Hubner, as demais
subsidiárias da Eletrobrás oferecerão as mesmas condições
de Furnas aos seus parceiros
privados: mesmo percentual de
participação e mesma taxa de
retorno do investimento.
"A gente quer fazer uma coisa mais pública. A Eletrobrás
vai definir as regras para suas
empresas controladas e vai ser
feito um anúncio público para
que as empresas privadas interessadas procurem e iniciem o
processo de negociação", afirmou o ministro.
Leilões
O leilão da hidrelétrica de
Santo Antônio (3.150 MW, megawatts) está previsto para
acontecer em 30 de outubro.
Ontem, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), informou que
a outra hidrelétrica -Jirau
(3.300 MW)- será leiloada em
março do ano que vem.
A linha de transmissão ligando Porto Velho (RO) a Araraquara (SP) será licitada entre
julho e setembro do ano que
vem.
Os investimentos para a
construção das duas usinas estão estimados entre R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões.
A definição sobre a participação de empresas estatais era
um dos principais entraves ao
leilão. Desde que a licença ambiental foi concedida, no início
de julho, o governo trabalhava
para tentar evitar que a licitação fosse paralisada por uma
disputa jurídica entre duas das
maiores empreiteiras nacionais -a Odebrecht e a Camargo
Corrêa.
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