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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Modelo norueguês para pré-sal
não afeta Petrobras, diz corretora
A eventual adoção do modelo
norueguês na exploração das
reservas da camada pré-sal não
significaria uma mudança "radical" na maneira com que o
Brasil atualmente administra
seu patrimônio petrolífero. Por
isso, não afetaria muito os resultados da Petrobras nos
atuais e nos novos campos.
Essa é a avaliação da corretora Link, que estudou os detalhes da operação da Noruega e
sua evolução desde os anos 60.
Tal arranjo tem sido proposto
por especialistas como uma das
melhores opções se de fato o
governo decidir pela criação de
uma nova estatal para tratar
das recentes descobertas na
plataforma continental brasileira. Isso porque o poder público norueguês, ao elaborar as
suas normas, manifestou a intenção de que os recursos obtidos tivessem algum tipo de destinação social, assim como é desejo do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
"A atual legislação que cuida
do petróleo do país tem bastante embasamento e assegura os
direitos do Estado na sua extração", comenta Andres Kikuchi,
analista da Link. "No entanto,
faz sentido a adoção de um novo modelo especificamente para tratar do pré-sal, já que os
riscos são diferentes. Essas reservas podem mudar a posição
do país no cenário mundial e
colocá-lo como um grande investidor quando as receitas começarem a entrar."
Uma diferença notável entre
o sistema norueguês e o praticado no Brasil diz respeito à remuneração do Estado: enquanto aqui há pagamento de royalties, lá o governo prefere apenas cobrar um imposto de renda de 75% das companhias que
exploram as reservas.
"É preciso otimizar os ganhos públicos com as jazidas.
Mas, além dessa, existem ainda
muitas outras questões a debater antes de fazer uma escolha.
Há diversos arranjos colocados
em prática em todo o mundo, é
preciso desenvolver o que melhor se aplica ao caso brasileiro", pondera Kikuchi. "Não
existe o modelo ideal -o norueguês funcionou muito bem
naquele país naquela época, o
Brasil tem que adotar o seu
próprio."
Para o analista, o debate, embora pareça precipitado, já que
o petróleo só vai começar a jorrar efetivamente daqui a três
anos ou mais, é necessário.
"Planejar a prospecção e os investimentos leva tempo, não se
pode deixar para a última hora
os estudos de viabilidade. Com
antecedência, é possível observar os erros e os acertos dos outros países."
Esquenta briga de navegadores da internet
A guerra travada entre os
concorrentes da Microsoft
pelo mercado de navegadores da internet (programas
que permitem aos internautas acessar a rede) ganhou
um novo capítulo no Brasil.
É o que mostra pesquisa da
Predicta, que monitora acessos de brasileiros na rede.
Entre maio e julho de
2008, o acesso à web pelo Firefox, navegador da Mozilla,
cresceu 36%, saindo de 6,1%
de participação do mercado
para 8,23%. Segundo os executivos da companhia, o país
desponta como um dos principais em novos adeptos.
Isso pôde ser comprovado
com o lançamento do Firefox 3. Essa versão deixou o
acesso aos sites mais rápido.
Nesse período, o Firefox 3
entrou para o livro dos recordes por registrar o maior número de downloads (o programa para instalá-lo no
computador é extraído da internet) em um único dia. Ao
todo foram 8 milhões, sendo
598 mil baixados no Brasil.
Para Fred Pacheco, gerente de Business Intelligence
da Predicta, os números fizeram a Microsoft antecipar o
lançamento da nova versão
do Internet Explorer para o
fim do ano. No Brasil, a participação da empresa de Bill
Gates caiu de 93% para
90,7% no período.
LINHA DO TEMPO
O marchand Miguel Salles acaba de abrir um escritório de
arte e galeria em São Paulo, resultado de uma sociedade com
a princesa Cristina de Orleans e Bragança. Salles, que abre
as portas na alameda Gabriel Monteiro da Silva, já procura
um espaço maior. "O segundo passo é a obtenção de um espaço maior para fazer exposições." Entre as peças, há uma
tapeçaria feita de seda que pertenceu à opera chinesa no final do século 17 e início do século 18. O novo espaço foi inaugurado no Salão de Arte, que vai até amanhã, na Hebraica,
em São Paulo.
PARCERIA
O Banco do Brasil começa
a fazer repasses de recursos
para formação e funcionamento do Fundo Garantidor
da parceria público-privada
de Rio das Ostras (RJ). O BB
já estruturou o Fundo Garantidor para a PPP de Rio
Claro (RJ). Os investimentos privados em infra-estrutura nas duas iniciativas somam R$ 390 milhões.
NA COZINHA
A KitchenAid, marca de
eletrodomésticos e utensílios portáteis, lançada há
três meses no país pela
Whirlpool, passa a vender
em Salvador, Rio, Campinas
e Curitiba em redes especializadas em cozinhas.
MICRO
A Caixa Econômica Federal investiu mais de R$ 541
milhões em microcrédito no
primeiro semestre.
LAVAGEM
A brasileira Big Five Consulting e a canadense
SymSure fecharam acordo
para trazer ao Brasil a versão
em português do software
SymSure Monitor V3, ferramenta de controle interno
que inibe operações de lavagem de dinheiro.
com DENYSE GODOY, JULIO WIZIACK, JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI
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