São Paulo, domingo, 23 de agosto de 2009

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Crescimento irá se acelerar, prevê Pequim

Depois de avançar 6,1% e 7,9% nos dois primeiros trimestres do ano, China já espera atingir alta de 8,5%

DA BLOOMBERG

O crescimento econômico da China deverá se acelerar para 8,5% neste trimestre com os gastos patrocinados pelo pacote de incentivo do governo e por uma política monetária "moderadamente liberal", segundo previsão do órgão de pesquisa Centro de Informações Governamentais.
A recuperação vai continuar a ganhar impulso, afirma o centro, filiado à Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, em relatório publicado na edição de sexta do "China Securities Journal".
O pacote de incentivo de 4 trilhões de yuans (US$ 580 bilhões), o crescimento recorde do crédito e a melhoria da demanda por exportações deverão ajudar a economia chinesa, a terceira maior do mundo, a crescer a um ritmo mais acelerado que o de 8% definido pela meta do governo para este ano.
A preocupação dos investidores de que os empréstimos vão despencar no segundo semestre contribuiu para a queda de 16% registrada pelo índice Xangai Composite em relação ao seu pico de 4 de agosto.
"A melhoria das condições externas está ganhando velocidade, enquanto os investimentos e a liquidez internos continuam sólidos", disse Ken Peng, economista do Citigroup de Pequim. "O crescimento vai se acelerar no curto prazo muito além das metas oficiais."
A economia chinesa cresceu 7,9% no segundo trimestre deste ano comparativamente ao mesmo período de 2008, recuperando-se em relação aos 6,1% dos primeiros três meses de 2009, seu ritmo mais fraco em quase uma década.
A despeito das previsões otimistas, o investimento estrangeiro direto na China caiu 35,7% no mês passado em relação a julho de 2008. Foi o décimo mês consecutivo de queda, alimentada pela paralisação de projetos de expansão das empresas em meio às incertezas causadas pela crise global.

Previsão para o ano
O Citigroup elevou na semana passada sua estimativa de crescimento do país neste ano para 8,7%, e o Goldman Sachs projeta uma expansão de 9,4%. O governo do país precisa permanecer fiel a sua política monetária relativamente liberal no segundo semestre devido à "ligeira deflação", segundo o comunicado do Centro de Informações Governamentais.
Os investimentos em ativos fixos urbanos vão aumentar 32% neste trimestre no comparativo com o mesmo período do ano passado.
A produção industrial deve se elevar em 10,8%, e as vendas do varejo terão um acréscimo de 14,6%, previu o centro. As importações deverão despencar 12,7%, e as exportações, 20%, segundo o relatório recém-divulgado.
Os preços ao consumidor vão cair 1,3% neste trimestre no comparativo ano a ano, enquanto os preços no atacado devem recuar 7,9%, completou o órgão.


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