|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Commodities caem pela 4ª semana consecutiva Receio de desaquecimento global fez índice recuar 1,8%
DA REPORTAGEM LOCAL
Os preços das commodities
continuaram caindo ontem.
Com o resultado, já são quatro
semanas consecutivas de queda nos preços das matérias-primas. O mais conhecido índice
para medir a evolução de preços desses produtos, o Reuters/Jefferies CRB, caiu 1,15%
ontem, acumulando perda de
1,78% na semana e de 8,55%
neste mês.
No caso do petróleo, já são
seis semanas de queda. Ontem,
a cotação do combustível em
Nova York ficou em US$ 60,55
-redução de 1,69% em relação
ao dia anterior. O petróleo tipo
Brent, negociado em Londres,
caiu 1,52%.
Confirmada a tendência de
queda, este será o primeiro ano
desde 2001 que registrara baixa
no preço das matérias-primas.
Naquele ano, a queda foi de
16,34%. Mas, por enquanto,
não há consenso entre os observadores da economia mundial, seja do setor público ou do
privado, sobre o que deve ocorrer com os preços no médio e
no longo prazos.
Na falta de sinais mais claros,
as cotações movimentam-se ao
sabor das incertezas do mercado financeiro, com os investidores preocupados em tentar
estimar até onde China e EUA
poderão continuar crescendo.
A grande incógnita para o futuro do mercado de commodities é justamente saber quando
e como elas serão afetadas pelo
desaquecimento da economia
mundial. No caso de um pouso
suave da economia norte-americana, é improvável que haja
uma crise muito grande no
mercado de commodities, já
que a procura por esses produtos cresceria menos, mas não
despencaria.
O grande receio continua
sendo um pouso desastroso,
com desaquecimento mais do
que o esperado. Ou repercussões negativas na China, o país
que responde pela maior parte
do aumento da procura por matérias-primas no mercado
mundial. Caso China ou Estados Unidos enfrente desaquecimento muito forte, a trajetória de queda dos preços acabará
sendo tão formidável como a de
alta.
(MARCELO BILLI)
Texto Anterior: Telefônica reafirma plano de lançar TV via satélite Próximo Texto: Empresas: Investimento no exterior sobe quase 200% Índice
|