São Paulo, sábado, 23 de setembro de 2006

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Commodities caem pela 4ª semana consecutiva Receio de desaquecimento global fez índice recuar 1,8%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os preços das commodities continuaram caindo ontem. Com o resultado, já são quatro semanas consecutivas de queda nos preços das matérias-primas. O mais conhecido índice para medir a evolução de preços desses produtos, o Reuters/Jefferies CRB, caiu 1,15% ontem, acumulando perda de 1,78% na semana e de 8,55% neste mês.
No caso do petróleo, já são seis semanas de queda. Ontem, a cotação do combustível em Nova York ficou em US$ 60,55 -redução de 1,69% em relação ao dia anterior. O petróleo tipo Brent, negociado em Londres, caiu 1,52%.
Confirmada a tendência de queda, este será o primeiro ano desde 2001 que registrara baixa no preço das matérias-primas. Naquele ano, a queda foi de 16,34%. Mas, por enquanto, não há consenso entre os observadores da economia mundial, seja do setor público ou do privado, sobre o que deve ocorrer com os preços no médio e no longo prazos.
Na falta de sinais mais claros, as cotações movimentam-se ao sabor das incertezas do mercado financeiro, com os investidores preocupados em tentar estimar até onde China e EUA poderão continuar crescendo.
A grande incógnita para o futuro do mercado de commodities é justamente saber quando e como elas serão afetadas pelo desaquecimento da economia mundial. No caso de um pouso suave da economia norte-americana, é improvável que haja uma crise muito grande no mercado de commodities, já que a procura por esses produtos cresceria menos, mas não despencaria.
O grande receio continua sendo um pouso desastroso, com desaquecimento mais do que o esperado. Ou repercussões negativas na China, o país que responde pela maior parte do aumento da procura por matérias-primas no mercado mundial. Caso China ou Estados Unidos enfrente desaquecimento muito forte, a trajetória de queda dos preços acabará sendo tão formidável como a de alta. (MARCELO BILLI)


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