|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Indústrias retomam uso da capacidade de
produção, diz BNDES
Luciano Coutinho, presidente do banco estatal, diz que agora empresas investirão em novos projetos
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse ontem
que, neste terceiro trimestre, o
setor industrial já está próximo
de recuperar o nível de utilização da capacidade instalada verificado antes da crise, fato que
levará à retomada dos investimentos em novos projetos.
Sem citar números nem pedidos de financiamento que deram entrada no banco estatal, o
executivo afirmou que a recuperação da economia que está
em curso "induz as empresas a
investir".
"Neste trimestre, já estaremos provavelmente próximos
de recompor o nível de utilização de capacidade produtiva
que começa a induzir decisões
generalizadas de investimento.
Nesse sentido, a perspectiva de
retomada do investimento produtivo nos permite pensar na
recuperação sustentável da
economia", afirmou Coutinho,
na abertura do seminário "A
Hora e a Vez da Política de Desenvolvimento Produtivo",
realizado no Rio de Janeiro.
Pelos últimos dados disponíveis, a utilização da capacidade
industrial cresceu, mas ainda
está distante dos níveis pré-crise. Ficou em 80,5% em julho,
acima dos 79,7% de junho, segundo a CNI (Confederação
Nacional da Indústria). O percentual é menor, porém, do que
os 83,8% de julho de 2008,
quando a economia estava em
ritmo acelerado.
Coutinho ressaltou, porém,
que para o país manter um
crescimento vigoroso e sem inflação precisa sustentar uma
taxa de investimento em torno
de 20% do PIB -patamar próximo ao alcançado antes da crise. No segundo trimestre, a taxa ficou em 15,7%.
Apesar do otimismo do executivo, o representante da Cepal (Comissão Econômica para
a América Latina e o Caribe) no
Brasil, Renato Balman, disse
que é importante exportar e
um dos entraves para deslanchar as exportações é a falta de
uma política industrial coordenada em toda a América Latina.
Para Josué Gomes da Silva,
presidente da indústria têxtil
Coteminas, a valorização do
real agrava ainda mais essa desvantagem brasileira especialmente porque o Brasil compete
com países da Ásia que controlam o câmbio e o fluxo de capitais (China, Índia e outros).
Texto Anterior: Marfrig aumenta abates e entra no mercado de couros Próximo Texto: Frase Índice
|