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Nissan e Suzuki podem se aliar no Brasil
Segundo principal jornal econômico japonês, produção conjunta em fábrica no PR começaria em 2008
DA REDAÇÃO
As montadoras japonesas
Nissan e Suzuki estão estudando uma parceria na produção
de carros no Brasil e na Rússia,
de acordo com o "Nihon Keizai
Shinbum", o principal jornal
econômico do Japão.
Segundo a publicação, a Nissan produziria carros para a rival em sua fábrica em São José
dos Pinhais (PR). Caso o plano
se concretize, os automóveis da
Suzuki começarão a ser fabricados a partir de 2008. Na unidade brasileira, inaugurada em
2001 em conjunto com a Renault, a companhia produz picapes e utilitários esportivos. O
presidente de Nissan e Renault
é o brasileiro Carlos Ghosn.
Em 2003, a Suzuki, que não
mantinha fábrica local, anunciou o encerramento das atividades de importação e distribuição de automóveis no Brasil. Na época, a empresa disse
que a decisão foi motivada pela
elevada taxa de câmbio e pela
alíquota de importação. "Relutamos muito para decidir pelo
encerramento de nossos negócios" disse na época da medida
o então presidente da Suzuki
no país, Toshio Ozawa.
As duas empresas já têm um
acerto semelhante para o mercado indiano. Em junho, elas
assinaram um acordo em que a
Suzuki produzirá carros para a
Nissan a partir de 2008. Em nota, elas disseram que a iniciativa era o começo de uma colaboração "em novos mercados
emergentes", que envolve a divisão de fábricas. No mês passado, surgiram especulações
que elas investiriam 1,5 bilhão
em um nova unidade no país.
Plano semelhante ao de São
José dos Pinhais aconteceria
na unidade de São Petersburgo
(Rússia), que será inaugurada
em 2009 e tem capacidade de
produção de 50 mil carros diariamente. Nessa fábrica, diz o
jornal, a Nissan produziria carros médios da Suzuki.
Atualmente, a Suzuki importa para o mercado russo carros
pequenos e utilitários esportivos de sua fábrica na Hungria.
Política de alianças
A expansão de alianças faz
parte da política de Ghosn no
comando da Nissan e da Renault. Até o início deste mês,
ele discutia a formação de uma
parceria com a General Motors.
O negócio, porém, não foi
adiante. A companhia americana queria uma compensação
bilionária para realizar o acordo. Segundo o porta-voz da
GM, Brian Akre, a empresa deveria ser indenizada porque se
beneficiaria da parceria "muito
menos" do que Renault e Nissan e porque o acordo impediria que ela fizesse alianças com
outras montadoras.
As negociações, iniciadas em
julho, nunca tiveram o apoio do
executivo-chefe da montadora
de Detroit, Rick Wagoner.
Surgiram rumores, na época,
que Ghosn poderia procurar
um acordo com Ford, mas a
contratação de um novo executivo-chefe pela americana foi
considerado um sinal que ela
perdeu interesse na aliança.
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