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Após 15 dias, maioria dos bancários encerra greve
Trabalhadores da Caixa, porém, rejeitam proposta
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Após 15 dias de greve, os bancários do setor privado, da Nossa Caixa e do Banco do Brasil
decidiram ontem encerrar a
paralisação e aceitar a nova
proposta de reajuste negociada
com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que prevê
correção de 10% para salários
de até R$ 2.500 e 8,5% para valores acima dessa faixa. Os funcionários da Caixa Econômica
Federal rejeitaram a proposta e
deverão manter a paralisação.
Segundo a Contraf-CUT,
confederação que representa a
categoria, a decisão foi aprovada em assembléias em São Paulo e outros 18 Estados do país.
Em algumas cidades as assembléias deverão ocorrer hoje.
Com o reajuste de 10% aprovado ontem, os bancários receberão aumento real de 2,66%.
No reajuste de 8,5%, que vale
para todos os demais benefícios
e salários acima de R$ 2.500, o
ganho real é de 1%. A proposta
anterior dos bancos previa reajuste de 7,5% para todos os salários. De acordo com os sindicalistas, 70% dos 434 mil bancários do país recebem até R$
2.500 e se beneficiarão do aumento real de 2,66%. Em São
Paulo, metade dos 120 mil bancários ganha até essa faixa.
Resultado de uma negociação de sete horas e meia realizada anteontem entre representantes dos bancos e dos trabalhadores, a proposta prevê
ainda PLR (Participação nos
Lucros ou Resultados) de 90%
do salário mais R$ 966 fixos
-com teto limitado ao valor de
R$ 6.301. A proposta anterior
previa 80% do salário.
Além disso, será paga parcela
adicional de 8% da variação do
lucro líquido de 2007 para
2008, dividido pelo número de
empregados de cada banco
-com limite de até R$ 1.980
por empregado.
"É o maior aumento real que
pagamos desde 1995, ano em
que foi concedido ganho 3,2%.
Metade da categoria recebe salário de até R$ 2.500 e será beneficiada pelo reajuste de 10%.
Sem dizer que houve avanço
também na distribuição de lucros", afirmou Magnus Apostólico, coordenador de relações
trabalhistas dos bancos.
"Graças à greve da categoria,
conquistamos aumento real
pelo quinto ano consecutivo e
conseguimos ampliar a regra da
PLR, o que garante ganhos não
só neste ano, como também
nos seguintes", afirmou Luiz
Cláudio Marcolino, presidente
do Sindicato dos Bancários de
São Paulo. Os dias de greve serão compensados até 15 de dezembro.
Os bancários da Caixa decidiram manter a greve por tempo
indeterminado porque reivindicam, como no ano passado,
uma PLR diferenciada.
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