São Paulo, Quinta-feira, 23 de Dezembro de 1999


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SIDERURGIA

Unidade terá capacidade para produzir 6 milhões de toneladas de aço por ano, que serão exportadas

Nova usina duplicará produção da CSN

do enviado especial a Volta Redonda

O presidente do Conselho de Administração da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, disse ontem que no início de 2001 a empresa pretende começar a construir uma nova usina, com capacidade para produzir 6 milhões de toneladas de aço por ano.
A nova usina, a ser construída no município de Itaguaí (a 70 km do Rio), irá dobrar a capacidade de produção da CSN.
Atualmente, a usina da CSN em Volta Redonda (RJ), a maior do Brasil, tem capacidade para produzir 5,1 milhões de toneladas de aço, mas deverá chegar a 6 milhões com a reforma do alto-forno número três, também prevista para 2001.
De acordo com Steinbruch, a usina de Itaguaí, localizada próximo ao porto de Sepetiba (RJ), terá sua produção destinada ao mercado externo. Ela produzirá apenas placas de aço (produto semi-acabado).
Como complemento à nova usina, a CSN pretende comprar uma siderúrgica nos Estados Unidos para nela fazer a laminação das chapas produzidas no Brasil e com isso agregar valor ao produto.
A laminação nos Estados Unidos seria uma forma de contornar o obstáculo à entrada de laminados brasileiros naquele país causado pela legislação anti-dumping norte-americana.
De acordo com Steinbruch, o que impede a colocação imediata do projeto da usina de Itaguaí em prática é a situação societária do setor siderúrgico brasileiro, com várias participações cruzadas e incompatíveis de alguns acionistas, especialmente a Companhia Vale do Rio Doce e a Previ (fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil).
Para o dirigente da CSN (empresa que é uma das controladoras da Vale, como também é a Previ), 2000 será dedicado à solução do problema das participações cruzadas.

Termelétrica
A CSN inaugurou ontem a primeira fase de uma usina termelétrica que terá capacidade para produzir 230 megawatts de energia quando estiver em funcionamento total, em março de 2000.
A usina, inaugurada pelo presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, utiliza como combustível os próprios gases gerados no processo de fabricação do aço.
Sua produção é suficiente para abastecer oito cidades do mesmo porte de Volta Redonda (aproximadamente 300 mil habitantes), onde está localizada.
A termelétrica atenderá 60% das necessidades de energia elétrica da CSN, devendo liberar essa energia para abastecer o Estado do Rio, reduzindo o risco de blecautes no Estado.
A termelétrica custou US$ 300 milhões, investidos em dois anos de obras, sendo US$ 264 milhões financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).


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