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SIDERURGIA
Unidade terá capacidade para produzir 6 milhões de toneladas de aço por ano, que serão exportadas
Nova usina duplicará produção da CSN
do enviado especial a Volta Redonda
O presidente do Conselho de
Administração da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, disse ontem
que no início de 2001 a empresa
pretende começar a construir
uma nova usina, com capacidade
para produzir 6 milhões de toneladas de aço por ano.
A nova usina, a ser construída
no município de Itaguaí (a 70 km
do Rio), irá dobrar a capacidade
de produção da CSN.
Atualmente, a usina da CSN em
Volta Redonda (RJ), a maior do
Brasil, tem capacidade para produzir 5,1 milhões de toneladas de
aço, mas deverá chegar a 6 milhões com a reforma do alto-forno número três, também prevista
para 2001.
De acordo com Steinbruch, a
usina de Itaguaí, localizada próximo ao porto de Sepetiba (RJ), terá
sua produção destinada ao mercado externo. Ela produzirá apenas placas de aço (produto semi-acabado).
Como complemento à nova usina, a CSN pretende comprar uma
siderúrgica nos Estados Unidos
para nela fazer a laminação das
chapas produzidas no Brasil e
com isso agregar valor ao produto.
A laminação nos Estados Unidos seria uma forma de contornar
o obstáculo à entrada de laminados brasileiros naquele país causado pela legislação anti-dumping norte-americana.
De acordo com Steinbruch, o
que impede a colocação imediata
do projeto da usina de Itaguaí em
prática é a situação societária do
setor siderúrgico brasileiro, com
várias participações cruzadas e
incompatíveis de alguns acionistas, especialmente a Companhia
Vale do Rio Doce e a Previ (fundo
de pensão dos empregados do
Banco do Brasil).
Para o dirigente da CSN (empresa que é uma das controladoras da Vale, como também é a
Previ), 2000 será dedicado à solução do problema das participações cruzadas.
Termelétrica
A CSN inaugurou ontem a primeira fase de uma usina termelétrica que terá capacidade para
produzir 230 megawatts de energia quando estiver em funcionamento total, em março de 2000.
A usina, inaugurada pelo presidente da República, Fernando
Henrique Cardoso, utiliza como
combustível os próprios gases gerados no processo de fabricação
do aço.
Sua produção é suficiente para
abastecer oito cidades do mesmo
porte de Volta Redonda (aproximadamente 300 mil habitantes),
onde está localizada.
A termelétrica atenderá 60%
das necessidades de energia elétrica da CSN, devendo liberar essa
energia para abastecer o Estado
do Rio, reduzindo o risco de blecautes no Estado.
A termelétrica custou US$ 300
milhões, investidos em dois anos
de obras, sendo US$ 264 milhões
financiados pelo BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social).
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