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MÃO-DE-OBRA
Índice é 0,2 ponto percentual menor do que em outubro, mas o maior para novembro desde 1983
Desemprego do IBGE fica em 7,3%
da Sucursal do Rio
A taxa de desemprego em novembro recuou para 7,3%, contra
7,5% do mês anterior. Apesar de
ser a menor do ano, a taxa foi a
maior já registrada em novembro
desde 1983, início da série do IBGE.
Geralmente, há uma redução de
até um ponto percentual na taxa
de desemprego de novembro para dezembro, segundo o IBGE.
Se essa tendência se repetir, a
média deste ano vai empatar com
a do ano passado (7,6%), segundo
a consultora do instituto Shyrlene
Ramos de Souza.
O desemprego em novembro
caiu porque aumentou a ocupação (0,6%), com a criação de 103
mil postos de trabalho, e caiu o
contingente de pessoas em busca
de emprego (-2,6%).
O saldo foi uma redução de 35
mil pessoas no contingente de desempregados para as seis regiões
pesquisadas pelo IBGE, que ficou
em 1.311.772 pessoas.
Na comparação com novembro
de 98, a ocupação subiu, com a
entrada de 295 mil pessoas no
mercado de trabalho. O movimento não compensou, contudo,
o aumento da força de trabalho
(365 mil pessoas a mais).
Mudança
Diferentemente dos anos anteriores, não foi o comércio o responsável pela melhora do desemprego neste fim de ano, mas a indústria, que expandiu sua ocupação em 2,4%, em relação a outubro, e em 2%, sobre novembro de
98.
No ano, a ocupação na indústria
está em retração (a queda é de
3,4%).
Também caiu a ocupação no
comércio sobre novembro de 98
(-1,1%) e no acumulado do ano (-0,5%). Não houve variação em relação a outubro.
Em expansão, só a ocupação em
São Paulo e Recife (1,4%), contra
outubro, desse setor.
A alta da ocupação da indústria,
o mais formal dos setores, não foi
acompanhada pelo aumento da
ocupação entre os trabalhadores
com carteira assinada, que permaneceu estável.
O dado é um indício de que a ligeira melhora na taxa de desemprego seja reflexo da criação da
postos temporários, na análise de
Shyrlene.
Tempo de procura
Subiu também o tempo de procura por emprego.
A média, de janeiro a novembro, foi de 23,4 semanas, contra
21,7 semanas do mesmo período
do ano passado.
Das seis regiões, São Paulo também se destaca pelo maior tempo
de procura por ocupação: 27 semanas (eram 24 no ano passado).
Em Belo Horizonte, o IBGE detectou o menor tempo para a recolocação no mercado de trabalho: 14
semanas.
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