São Paulo, Quinta-feira, 23 de Dezembro de 1999


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MÃO-DE-OBRA

Índice é 0,2 ponto percentual menor do que em outubro, mas o maior para novembro desde 1983

Desemprego do IBGE fica em 7,3%


da Sucursal do Rio

A taxa de desemprego em novembro recuou para 7,3%, contra 7,5% do mês anterior. Apesar de ser a menor do ano, a taxa foi a maior já registrada em novembro desde 1983, início da série do IBGE.
Geralmente, há uma redução de até um ponto percentual na taxa de desemprego de novembro para dezembro, segundo o IBGE.
Se essa tendência se repetir, a média deste ano vai empatar com a do ano passado (7,6%), segundo a consultora do instituto Shyrlene Ramos de Souza.
O desemprego em novembro caiu porque aumentou a ocupação (0,6%), com a criação de 103 mil postos de trabalho, e caiu o contingente de pessoas em busca de emprego (-2,6%).
O saldo foi uma redução de 35 mil pessoas no contingente de desempregados para as seis regiões pesquisadas pelo IBGE, que ficou em 1.311.772 pessoas.
Na comparação com novembro de 98, a ocupação subiu, com a entrada de 295 mil pessoas no mercado de trabalho. O movimento não compensou, contudo, o aumento da força de trabalho (365 mil pessoas a mais).

Mudança
Diferentemente dos anos anteriores, não foi o comércio o responsável pela melhora do desemprego neste fim de ano, mas a indústria, que expandiu sua ocupação em 2,4%, em relação a outubro, e em 2%, sobre novembro de 98.
No ano, a ocupação na indústria está em retração (a queda é de 3,4%).
Também caiu a ocupação no comércio sobre novembro de 98 (-1,1%) e no acumulado do ano (-0,5%). Não houve variação em relação a outubro.
Em expansão, só a ocupação em São Paulo e Recife (1,4%), contra outubro, desse setor.
A alta da ocupação da indústria, o mais formal dos setores, não foi acompanhada pelo aumento da ocupação entre os trabalhadores com carteira assinada, que permaneceu estável.
O dado é um indício de que a ligeira melhora na taxa de desemprego seja reflexo da criação da postos temporários, na análise de Shyrlene.

Tempo de procura
Subiu também o tempo de procura por emprego.
A média, de janeiro a novembro, foi de 23,4 semanas, contra 21,7 semanas do mesmo período do ano passado.
Das seis regiões, São Paulo também se destaca pelo maior tempo de procura por ocupação: 27 semanas (eram 24 no ano passado). Em Belo Horizonte, o IBGE detectou o menor tempo para a recolocação no mercado de trabalho: 14 semanas.


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