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MERCADO ABERTO
Política terá pouco efeito na economia
O cenário político deve interferir pouco na economia em
2006, a despeito do fato de
ser um ano de eleição presidencial. O fator determinante será o quadro internacional, especialmente o relacionado à economia americana. A avaliação é da
Tendências Consultoria.
Para Roberto Padovani, da
Tendências, dois fatores sustentam essa análise. O primeiro é
que, segundo ele, já faz parte do
cálculo político a manutenção da
estabilidade da economia. "O
que mantém a competitividade
de Lula é o desempenho da economia, e ele sabe disso."
Padovani, que diz não acreditar no afrouxamento do ajuste
fiscal, afirma que qualquer sinal
de mudança no rumo da política
econômica afetaria, por exemplo, o câmbio e, conseqüentemente, o poder de compra do
consumidor. "Essa política econômica é o que mantém o crescimento a longo prazo", diz.
A segunda razão se refere ao fato de a disputa presidencial se
concentrar, na visão da consultoria, em dois partidos, o PT e o
PSDB, que defendem, com pequenas variações, a mesma política econômica. "Com a forte liqüidez internacional, os mercados devem mostrar só oscilações
de curto prazo. O cenário "macro"
é pouco afetado pelas eleições".
No quadro externo, a expectativa é que os juros internacionais,
incluindo os americanos, continuem baixos. Essa previsão tem
como base o maior controle da
política fiscal nos EUA e a continuidade de compra de títulos públicos americanos por países
asiáticos, especialmente a China.
Um cenário pessimista, porém,
leva em conta um aumento
maior dos juros nos EUA, com o
estouro da bolha imobiliária potencializando os efeitos sobre a
economia mundial. Já um mais
otimista teria o andamento das
reformas institucionais.
CUMPRIMENTOS
Guido Mantega (BNDES) recebeu uma série de cumprimentos
pela queda, anunciada ontem, da
TJLP, entre eles do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Luiz Fernando Furlan
(Desenvolvimento). O presidente do BNDES tem sido um dos
maiores defensores da redução
da TJLP dentro do governo.
EFEITO JUROS
O presidente da Fecomercio
SP, Abram Szajman, estima que
os R$ 40 bilhões injetados no
mercado com o 13º salário cobrem apenas 60% do desembolso feito pelas famílias brasileiras
com o pagamento de juros em
2005. Pelos cálculos da entidade,
os gastos com o custo do dinheiro chegaram a R$ 65 bilhões.
COOPERATIVAS
As cooperativas paulistas continuam no topo do ranking das
exportações brasileiras. De janeiro a outubro, SP respondeu por
US$ 643,6 milhões -35% do total- do US$ 1,8 bilhão exportado pelas cooperativas do país. A
receita gerada no Estado é 91%
superior à do mesmo período de
2004. Os principais produtos exportados são açúcar, soja, derivados de frango, café e álcool.
OTIMISMO
A rede de hipermercados Extra espera um aumento de 40% nas
vendas de eletroeletrônicos para este Natal. Entre televisores de tela
plana e de plasma, o aumento deve ser de 100%. A queda de cerca de
50% nos preços desses produtos explicam, em parte, o otimismo da
rede. Além disso, as vendas de televisores costumam crescer em período de Copa do Mundo. Desde o último dia 16, todas as lojas do Extra estão abertas 24 horas para atender à demanda de Natal.
PELA INTERNET
Pesquisa da Embratur, que ainda não foi divulgada, mostra que, em
apenas um ano, dobrou o número de turistas estrangeiros que decidiram sua viagem para o Brasil por meio da internet. Em 2003, um
em cada oito turistas utilizava a rede. No ano passado, a proporção
mudou: um em cada quatro era um turista internauta. A tendência,
de acordo com a entidade, é que se mantenha esse crescimento da internet para a programação das viagens nos próximos anos.
TRANSPORTE ATIVO
A empresa de cosméticos
brasileira Bio-Médicin finaliza um acordo com laboratórios farmacêuticos interessados em ampliar a atuação no
ramo. "Esse segmento cresce
mais rapidamente do que o
de remédios. Os grandes laboratórios estão de olho nesse
mercado", afirma Eduardo
Lemos, executivo-chefe da
empresa. Entre as especialidades da Bio-Médicin está
uma tecnologia de transporte
de princípios ativos que aumentam a eficácia dos tratamentos. Trata-se da nanobiotecnologia, com a qual a empresa desenvolve produtos
com maior concentração de
princípios ativos. Os cosméticos produzidos pela companhia incluem alguns empregados, por exemplo, na redução de celulites, estrias, quelóides, acne e rugas. De acordo com Lemos, o laboratório
deve triplicaro seu faturamento no ano que vem.
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