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PAC / APOIO
Governadores pressionam para alterar obras do PAC
Aeroportos, metrôs e estradas estão na lista que eles pretendem levar à União
Reivindicações para novos empreendimentos partem tanto dos políticos da oposição quanto da base aliada do governo federal
DA AGÊNCIA FOLHA
Um dia após o anúncio do
PAC, governadores afirmaram
que ele não contemplou obras
de infra-estrutura necessárias
aos Estados. Estradas, portos,
aeroportos e um metrô estão
entre as reivindicações tanto de
governadores da base aliada do
governo federal quanto da oposição ouvidos pela Folha.
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse
que o investimento em ferrovias foi desconsiderado pelo
PAC. Ele também achou "tímida" a proposta para recuperar a
malha rodoviária do Estado.
O tucano reclamou ainda das
verbas para ampliar o aeroporto de Confins e tachou de "insignificante" o valor proposto
para o projeto de extensão do
metrô (R$ 186 milhões).
O governador do Rio, Sérgio
Cabral (PMDB), voltou a elogiar o plano ontem e pediu
apoio à bancada do Estado na
Câmara de Deputados.
Cabral minimizou o fato de o
projeto da linha 3 do metrô, ligando o centro do Rio a Niterói
e Itaboraí, não ter sido incluídos. "O governo federal estabeleceu como critério para o PAC
obras em andamento, e a Linha
3 efetivamente ainda não começou", disse.
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), não se manifestou sobre o plano. O secretário estadual da Fazenda,
Mauro Ricardo Machado Costa, informou por meio de sua
assessoria de imprensa que
quer avaliar de forma mais detalhadas as ações propostas antes de comentá-las.
Para a governadora do Rio
Grande do Sul, Yeda Crusius
(PSDB), o governo federal incluiu no PAC obras de infra-estrutura prioritárias dele. Cabe
agora aos Estados apresentar
suas propostas, afirmou.
Ela citou como exemplo a
ampliação do metrô, que ficou
fora do programa, mas que é
uma obra necessária para melhorar o acesso a Porto Alegre.
Segundo a assessoria de imprensa do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung
(PMDB), o governo federal não
incluiu no PAC os investimentos para o complexo portuário
Barra do Riacho, para o qual já
estava previsto no Orçamento
da União cerca de R$ 1,3 bilhão.
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda
(PFL), disse, por sua assessoria, que não pretende adiantar
seus pontos de reivindicação,
pois não quer atrapalhar a criação de consenso mínimo entre
os governadores.
Jackson Lago (PDT), governador do Maranhão, disse que
já foi entregue à Casa Civil uma
relação de obras não contempladas pelo PAC, como a recuperação de estradas e a construção da ponte que liga Maranhão ao Tocantins.
Para o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB),
o Estado foi preterido na construção de uma usina. "O presidente Lula assumiu compromisso de construir usina de
biodiesel na Paraíba, mas a ministra Dilma Rousseff anunciou a construção de duas usinas de biodiesel em Pernambuco. Não sei se eles erraram na
hora de apontar no mapa, já
que a usina aparece próxima à
divisa dos dois Estados."
Já o governador do Piauí,
Wellington Dias (PT), disse
que irá apresentar a Lula propostas como a reformulação do
aeroporto de Teresina.
O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli
(PMDB), quer incluir no programa a construção de um poliduto para transporte de combustível entre as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Marcelo Déda (PT), governador de Sergipe, citou a modernização do aeroporto de Aracaju (SE) como uma das obras
que ficaram de fora.
O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira
(PMDB), disse que "faltou tudo" no PAC. "Todo programa
federal tem essa falha de origem, que é a da imposição autoritária, da escolha de determinados projetos."
Colaboraram as Sucursais do Rio e de Brasília e a Reportagem Local
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