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Setor da construção civil prevê efeitos positivos do pacote só daqui a seis meses
DA REPORTAGEM LOCAL
Empresários do mercado da
construção civil apostam em
alta de investimentos do setor e
expansão maior do que a projetada no ano passado por conta
do PAC. Ressaltam, entretanto,
que a movimentação nos negócios do segmento deve ocorrer
apenas daqui a seis meses, e
que o governo pode ter dificuldades em gerir o programa.
"Produto da construção civil
não é padaria. Tem que fazer o
projeto e esperar ser aprovado.
É coisa de seis meses para engrenar", afirma José Carlos
Molina, da Etemp Engenharia,
especializada em habitação popular, um dos segmentos beneficiados pelo programa.
Para o presidente do Sindicato da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinecesp),
Carlos Pacheco Silveira, a movimentação deve começar a ser
notada no curto prazo nas pedreiras e produtoras de cimento e asfalto. "Essas empresas
serão estimuladas já", afirma.
O temor, segundo ele, é que o
governo não tenha capacidade
de gestão para dar conta do
PAC. "O próprio Dnit [Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes] não
tem estrutura de gestão, não
possui funcionários em número suficiente. O Estado precisa
poder gerenciar o programa para poder fazer essas obras, licitar, contratar projeto. Não vejo
nada acontecer em seis meses."
Mesmo assim, a expectativa é
que o programa anunciado pelo
governo faça o setor crescer, a
partir do segundo semestre,
mais do que era esperado para
este ano. João Claudio Robusti,
presidente do Sinduscon-SP
(Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de
São Paulo), diz acreditar que os
investimentos em infra-estrutura, saneamento e habitação a
serem liberados devem estimular novos negócios.
"Estimávamos uma alta de
4,9% para o setor em 2007,
após uma expansão de 6% em
2005. Fiz uns cálculos depois
do anúncio do PAC e agora
acredito que neste ano o crescimento do setor deve ser de 6%."
(MAELI PRADO)
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