São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Setor da construção civil prevê efeitos positivos do pacote só daqui a seis meses

DA REPORTAGEM LOCAL

Empresários do mercado da construção civil apostam em alta de investimentos do setor e expansão maior do que a projetada no ano passado por conta do PAC. Ressaltam, entretanto, que a movimentação nos negócios do segmento deve ocorrer apenas daqui a seis meses, e que o governo pode ter dificuldades em gerir o programa.
"Produto da construção civil não é padaria. Tem que fazer o projeto e esperar ser aprovado. É coisa de seis meses para engrenar", afirma José Carlos Molina, da Etemp Engenharia, especializada em habitação popular, um dos segmentos beneficiados pelo programa.
Para o presidente do Sindicato da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinecesp), Carlos Pacheco Silveira, a movimentação deve começar a ser notada no curto prazo nas pedreiras e produtoras de cimento e asfalto. "Essas empresas serão estimuladas já", afirma.
O temor, segundo ele, é que o governo não tenha capacidade de gestão para dar conta do PAC. "O próprio Dnit [Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes] não tem estrutura de gestão, não possui funcionários em número suficiente. O Estado precisa poder gerenciar o programa para poder fazer essas obras, licitar, contratar projeto. Não vejo nada acontecer em seis meses."
Mesmo assim, a expectativa é que o programa anunciado pelo governo faça o setor crescer, a partir do segundo semestre, mais do que era esperado para este ano. João Claudio Robusti, presidente do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), diz acreditar que os investimentos em infra-estrutura, saneamento e habitação a serem liberados devem estimular novos negócios.
"Estimávamos uma alta de 4,9% para o setor em 2007, após uma expansão de 6% em 2005. Fiz uns cálculos depois do anúncio do PAC e agora acredito que neste ano o crescimento do setor deve ser de 6%."
(MAELI PRADO)


Texto Anterior: PAC/gargalos: Principais obras em energia vão esperar licença ambiental
Próximo Texto: CNA reclama benefícios ao agronegócio
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.