São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

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Brasil segue como o campeão de taxas reais

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As reduções efetuadas na taxa básica Selic desde 2005 tiraram o Brasil do topo do ranking dos países com mais elevadas taxas nominais do mundo. Mas não foram suficientes para roubar o título de país com os maiores juros reais.
Apenas se a taxa Selic fosse reduzida em dois pontos percentuais hoje -hipótese descartada por analistas e investidores- o Brasil perderia o nada honroso posto.
Se a Selic cair hoje de 13,25% para 13% ao ano, como espera parte do mercado, os juros reais do Brasil vão a 8,6% anuais. Se for ratificada a expectativa da outra parcela do mercado e a taxa básica recuar para 12,75%, os juros reais descem a 8,4%.
O segundo país com os mais pesados juros reais do mundo é a Turquia, com 7,1%. Israel aparece em terceiro lugar no ranking elaborado pela UpTrend Consultoria Econômica, com taxa de 5%, seguido pela China, com 4,1%.
Os juros reais foram calculados levando em conta a taxa nominal praticada em cada país e descontando dela a projeção para a inflação acumulada nos próximos 12 meses. Esses juros são importante referência para o setor privado na hora de planejar seus investimentos futuros -e taxas mais baixas ajudam a incentivar as decisões de investimento.
No caso dos juros nominais, a Turquia tem a mais pesada taxa, de 17,5%. Na segunda posição está a Venezuela, com taxa anual de 16,8%, e depois aparece a Selic brasileira.
No começo da noite de hoje o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anuncia como fica a taxa básica da economia que vai vigorar até o dia 7 de março.


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