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O OUTRO LADO DA MOEDA
Documento está demorando até 15 dias; baixa do dólar facilita viagem
Cresce fila para passaporte em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda do dólar diante do
real -3,25% só em fevereiro-
reativou os sonhos de viagens ao
exterior dos turistas brasileiros e
o resultado é um aumento do
número de pedidos de expedição de passaportes.
A Polícia Federal ainda não
compilou os dados, mas a assessoria de comunicação em São
Paulo confirma a alta da demanda pelos documentos nos últimos meses. Em média, a emissão
do documento de viagem leva
cinco dias. Mas, nos chamados
"postos de apoio"-os localizados nos shoppings-, o tempo
de emissão pode chegar a até 15
dias. Por causa da facilidade de
acesso, esses locais têm sido os
mais procurados.
"Parece que está todo mundo
tirando passaporte", disse a oficial de Justiça Regina Barbosa,
que viajará para os EUA em julho. Ela chegou às 13h ao Shopping Ibirapuera (zona sul de São
Paulo) e recebeu a senha de número 108. Os números são distribuídos a partir das 11h50.
"Não imaginava que ia passar
tanto tempo aqui", reclamou o
assistente contábil José Roberto
Hungaro, que, às 15h30, ainda
esperava pelo atendimento.
"Cheguei às 12h20". Outras pessoas presentes na fila desse posto
também contaram à reportagem
que as senhas para atendimento
se acabam em pouco mais de
uma hora.
Destino: EUA
Os turistas interessados em
aproveitar a cotação mais baixa
do dólar para viajar para os EUA
terão ter paciência também para
tirar o visto de entrada naquele
país, cuja procura tem provocado grandes filas.
De acordo com informações
das autoridades americanas, o
tempo de espera para uma entrevista para obtenção de visto de
turismo no Rio de Janeiro, por
exemplo, é de 140 dias. No caso
de visto para estudante, a espera
é de 25 dias. Em São Paulo, para
agendar entrevista para visto de
visitante, a espera é de 44 dias e,
para estudantes, de 34 dias.
Segundo Michael Barkoczy, diretor na área internacional da
agência CVC, a alta dos pedidos
de passaportes e de vistos para os
EUA é compatível com o aumento da procura por pacotes turísticos. "O fator dólar é muito importante. Temos um aumento de
40% nas vendas de viagens internacionais em janeiro e fevereiro
na comparação com o mesmo
período de 2005."
(CC)
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