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Bolsa de Nova York cai ao menor nível desde a crise asiática de 97
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Nova York desceu
ontem ao menor patamar desde 1997, época da crise financeira da Ásia, com o pessimismo dos investidores em relação
ao desaquecimento do consumo e às necessidades crescentes de capitalização do sistema
financeiro nos Estados Unidos.
Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500, que mede o desempenho de 500 empresas
americanas, desabou 3,47% ontem e terminou o dia registrando 743,33 pontos, menor marca
desde 11 de abril de 1997. Já o
Dow Jones, termômetro das 30
ações mais negociadas, teve
queda de 3,41% e bateu em
7.114,78 pontos, menor patamar desde 28 de outubro de
1997. Na Bolsa Nasdaq, a baixa
foi ainda maior, de 3,71%, que
levou seu principal índice a
1.387 pontos, o menor em quatro anos.
As ações do setor financeiro
voltaram a subir após o "Wall
Street Journal" noticiar que o
governo americano estuda elevar para até 40% sua participação no Citigroup. As ações do
grupo chegaram a subir mais de
20%, mas encerraram o dia
com alta de 9,74% com o ceticismo em relação à eficácia do
possível novo aporte de capital.
Já os papéis do Bank of America subiram 3,17%.
O mau humor foi acentuado
após a rede de televisão CNBC
informar que a seguradora AIG
(American International
Group) pode ter que pedir falência se o governo não der
mais recursos. Os papéis da seguradora, que foi socorrida
duas vezes pelo governo, tiveram baixa de 1,85%.
O pessimismo atingiu também o setor de tecnologia após
a informação de que o site de
busca Yahoo planeja uma completa reorganização de suas
áreas de negócio. As ações do
site tiveram baixa de 1,4%, menor do que as da Intel (5,65%) e
da HP (6,27%), ainda com a
preocupação de queda nas vendas de computadores e periféricos. Os papéis da General
Electric tiveram baixa de 5,7%.
Os preços do petróleo fecharam em baixa em Nova York e
em Londres com a expectativa
de oferta acima das necessidades do mercado internacional,
mesmo com um eventual corte
na produção pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
O barril para entrega em
abril, o contrato mais negociado, recuou quase 4% e terminou a US$ 38,44 em Nova York.
Em Londres, a baixa foi menor
(2,15%), encerrando a US$
40,99 o barril.
A baixa ontem acontece após
uma semana de fortes perdas
da ordem de 6% nas Bolsas
americanas. No ano, o Dow Jones já acumula queda de 18,9%,
enquanto o S&P tem baixa de
17,7% e a Nasdaq, de 12%.
No Brasil, a Bolsa permaneceu fechada ontem devido ao
feriado prolongado de Carnaval.
Na Europa, a Bolsa de Londres teve baixa de 0,99% e a de
Frankfurt, de 1,95%. A Bolsa de
Paris recuou 0,82%. As ações
do setor financeiro lideraram
as perdas no mercado europeu.
Os papéis do Deutsche Bank recuaram mais de 5%, enquanto
os do Crédit Suisse tiveram baixa de 5,2% e os do francês Dexia
perderam 12%.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio teve baixa de 0,54% no índice
Nikkei e a de Hong Kong, perda
de 3,75% no índice Hang Seng.
Com agências internacionais
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