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Oposição quer CPI; Dilma nega lobby de Dirceu
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
A oposição defendeu ontem a
criação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) no Congresso para investigar a reativação da Telebrás. Líder do DEM no Senado,
José Agripino (RN) disse que,
"confirmada essa informação, é
um escândalo de um megatráfico de influência".
O líder democrata na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), afirmou que as informações publicadas são o "elo perdido entre as especulações
de existência de interesses escusos por trás da reativação e
fatos concretos, como a supervalorização das ações em
35.000% em sete anos".
A criação da comissão recebeu ainda o apoio do líder da
bancada do PSDB na Câmara,
João Almeida (BA). "Não faz
sentido criar mais uma estatal.
A nuvem que está por trás disso
começou a aparecer."
O deputado Fernando Ferro
(PE), líder da bancada do PT na
Câmara, reagiu: "A oposição
deveria se preocupar em se defender em sua área. Vide o DF".
"A questão da impunidade, o
esquema do mensalão continua no governo federal. Sob outras formas, mas com as mesmas pessoas", afirmou Tasso
Jereissati (PSDB-CE).
Como se trata de uma investigação conjunta entre Câmara
e Senado, a CPMI pode furar a
fila e ser criada mesmo que já
haja comissões em curso ou à
espera de instalação nas Casas.
São necessárias 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores. Na Câmara, porém, a
oposição tem só 128 nomes e
dependeria de dissidentes governistas. No Senado, PSDB e
DEM têm juntos 28 cadeiras.
Dilma
A ministra Dilma Rousseff
(Casa Civil), pré-candidata do
PT à Presidência, disse ontem
em Cuiabá que "jamais houve
possibilidade" de uma ação de
lobby envolvendo a Telebrás.
Segundo ela, não houve nenhuma "negociação administrativa" com empresas ou credores e todo o trâmite se deu
por meio de "um processo judicial, durante três anos".
Questionada sobre possível
lobby de Dirceu no governo,
Dilma disse que "não entendia"
a pergunta, uma vez que "jamais houve essa possibilidade".
"Ganhamos a Eletronet na
Justiça. Essa empresa na reportagem, ao que tudo indica,
não é sequer credora nossa",
disse.
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