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Cresce nº de bancos com problemas nos EUA
Total de instituições financeiras com dificuldades chega a 702 e atinge o maior patamar desde 1993
DA REDAÇÃO
O número de instituições financeiras com "problemas"
nos Estados Unidos alcançou
no final do ano passado o maior
nível desde 1993, indicando as
dificuldades que ainda vive o
setor, que foi uma das origens
da pior crise global em 80 anos.
De acordo com a FDIC (órgão garantidor dos depósitos
bancários), 702 instituições estavam na "lista de problemas"
no quarto trimestre de 2009,
aumento de 27% ante os três
meses anteriores. No final de
2008, o número de bancos problemáticos era de 252.
A entidade não divulga o nome das instituições com problemas, mas é possível inferir
que são bancos pequenos que
vêm sofrendo mais. Isso porque o avanço do total de ativos
das instituições problemáticas
foi de 16% ante o terceiro trimestre, ritmo, portanto, inferior, ao da expansão do número
de bancos com dificuldades.
No total, 1 em cada 11 bancos
norte-americanos está com
problemas. Fazer parte da lista
da entidade, porém, não significa que o banco está destinado a
quebrar -já que, geralmente,
pouco mais de 10% das instituições financeiras que aparecem
na lista acabam encerrando
suas operações.
Para a presidente da FDIC,
Sheila Bair, apesar de os números de bancos com problemas
"parecerem assustadores", o
setor enfrenta desafios, mas está "estável". "Estamos vendo
alguns sinais encorajadores."
Ainda segundo o organismo,
os bancos tiveram um lucro de
US$ 914 milhões entre outubro
e dezembro e terminaram o
ano passado com ganhos de
US$ 12,5 bilhões. O resultado é
melhor que o de 2008 (US$ 4,5
bilhões), mas bastante distante
dos US$ 100 bilhões obtidos em
2007, quando a crise apenas começava a se instalar no setor.
Porém, 30% das 8.000 instituições financeiras analisadas
terminaram 2009 no prejuízo,
o maior índice desde 1984. Em
2008, 24% não tiveram ganhos.
As autoridades temem que
essas instituições fiquem relutantes em emprestar para empresas e consumidores, o que
pode minar ainda mais a recuperação da economia.
E os problemas poderão se
agravar mais nos próximos meses, caso o Fed (Federal Reserve, o banco central americano)
decida aumentar a taxa de juros
básica -que está no menor nível histórico-, o que significa
que os bancos não poderão
conter mais com os lucros relacionados a ela para amortecer
as perdas com outros setores.
Com agências internacionais e o "New York Times"
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