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MINERAÇÃO
Com demanda forte por minério, Vale quer preço mais "flexível"
DA SUCURSAL DO RIO
A Vale busca consolidar
uma "nova política comercial", o que tem irritado siderúrgicas europeias e chinesas. O foco da mudança é o sistema benchmark, adotado
há 40 anos, pelo qual o primeiro acordo mundial de
reajuste de preço do minério
de ferro entre uma mineradora e um cliente acabava valendo para todo o mercado. A
Vale pretende abandoná-lo.
Ontem, a empresa voltou a
dizer que busca uma política
comercial com "abordagem
mais flexível em relação aos
preços do minério de ferro".
Com a demanda puxada pela
China, grandes mineradoras
impuseram alta de 268% entre 2005 e 2008 em contrato.
O modelo benchmark prevê um preço fixo pelo período de um ano. Já quem não
tinha contrato estava sujeito
às altas do mercado à vista
("spot"). Em 2009, a crise jogou os preços "spot" abaixo
daqueles nos contratos. E a
Vale não teve como impor
reajuste no benchmark: cortou preço em 28%, em junho.
Reportagem do "Valor
Econômico" de ontem disse
que a Vale comunicou a
clientes que adotaria o índice
Iodex (índice de minério de
ferro), criado em 2008. Segundo o jornal, o sistema
considera preços "spot" nos
dois meses anteriores, segundo o índice americano
Platts, e valeria para os dois
meses seguintes.
Segundo o site da CVM,
em apresentação a investidores realizada em fevereiro,
a Vale fez menção ao Iodex,
mostrando que seu patamar,
em fevereiro, era de US$ 123,
ou 114% acima do preço praticado em março de 2009.
A Vale disse que "não fez
comentários ao mercado de
capitais sobre o preço de seus
produtos" e não respondeu
se fez comentários a clientes.
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