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"Le Monde" cobrará por acesso on-line ao conteúdo impresso
Jornal segue tendência de títulos como "Financial Times", "Wall Street Journal", "New York Times" e "Le Figaro"
Diário francês lançará assinatura combinada para várias plataformas; impresso terá mais análise, e internet, debates e interatividade
DE GENEBRA
O jornal "Le Monde" somou-se ontem à crescente lista de
publicações que cobram pela
leitura na internet de seu conteúdo impresso. A prática entrará em vigor no próximo dia
29, quando o principal diário
francês lançará uma assinatura
combinada que dá acesso a todas as suas plataformas (impressa, on-line e no iPhone).
A ideia do "Monde", que cobrará 29,90 pelo pacote (com
desconto de 10 nos primeiros
90 dias), é tornar-se uma marca global, como são hoje jornais
de língua inglesa e o espanhol
"El Pais".
O site lemonde.fr ainda terá
material gratuito, mas o jornal
passará a diferenciar seu produto pago daquilo que oferece
com livre acesso. Atualmente,
o "Monde" tem uma assinatura
on-line a 6, que permite acessar colunas, arquivos e outros
materiais especiais. Para ler o
jornal em formato PDF, o assinante on-line paga 15 ao mês.
Mas a maioria das notícias do
dia publicadas pelo jornal está
disponível de graça on-line.
Com a mudança, o site passará a ter uma produção específica para internet, menos aprofundada e aberta ao debate. O
jornal também terá uma assinatura para o iPad, novo dispositivo de leitura da Apple que
será lançado no mês que vem.
Complementares
A decisão casa com pesquisas
recentes como a da Fundação
Nieman que mostra que o leitor
americano investe 20 vezes
mais tempo na leitura do jornal
impresso do que com sites noticiosos. Outra, feita em mais de
50 países pelo instituto Nielsen, indica que uma parcela significativa dos leitores aceita pagar por conteúdos especiais on-line exclusivos ou analíticos,
mas não por notícias comuns.
"As diferentes plataformas
não são concorrentes, mas
complementares", disse Eric
Fottorino, diretor do "Monde",
à reportagem do próprio jornal.
"Ao papel cabe a investigação
aprofundada e a análise, à web,
o debate e a interatividade, e
aos smartphones, o alerta e a
informação rápida."
Jornais como o "Financial
Times", o "Times" e o "Wall
Street Jo urnal" já cobram pelo
acesso ao conteúdo de seus sites. Recentemente, o americano "New York Times" anunciou que voltará a fechar para
assinantes parte de seu conteúdo disponibilizado na internet.
O francês "Le Figaro" lançou
a assinatura eletrônica, e as publicações da Axel Spring, uma
das principais editoras alemãs
do país, também passaram a cobrar on-line.
(LUCIANA COELHO)
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