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MERCADO FINANCEIRO
Resultado engloba pregões dos primeiros 20 dias deste mês; no ano, saldo é positivo em R$ 616 mi
Estrangeiros retiram R$ 155 mi da Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investidores estrangeiros retiraram, nos primeiros 20 dias
deste mês, R$ 155,276 milhões da
Bolsa de Valores de São Paulo.
Com o resultado, o saldo acumulado no ano até aqui está positivo
em R$ 616,462 milhões. Em fevereiro, março e abril, houve ingressos de recursos estrangeiros na
Bovespa. O fluxo se inverteu a
partir do início deste mês, quando
o mercado passou a contabilizar o
risco político do Brasil, em um
ano de eleições presidenciais.
Além disso houve a piora de indicadores econômicos, como o menor crescimento da indústria.
A Bolsa subiu 1,51%, para 12.555
pontos.O Ibovespa teve um dia de
ajuste técnico, após a forte queda
de 2,62% anteontem, considerada
como exagerada por boa parte
dos analistas. O giro diário foi de
R$ 507,468 milhões.
Para Marcelo Schmitt, do banco
Lloyds TSB, a tendência é que o
humor melhore no mercado
quando o ajuste nos cupons cambiais for concluído.
"Houve mais um passo em direção à aprovação da CPMF na
quarta-feira e a escolha de Rita
Camata [PMDB" para compor a
chapa com José Serra [PSDB"",
diz. Vários analistas do mercado
dizem que a escolha da deputada
foi boa e ela deverá trazer votos ao
candidato do governo.
Viva-voz
Nesta semana, foi crescente o
boato de que a Bovespa iria extinguir o pregão viva-voz e passar a
contar apenas com o eletrônico.
Durante uma reunião ontem, a
diretoria da instituição e representantes dos operadores discutiram mudanças técnicas nos pregões, como tentativa de estimular
suas negociações.
O presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, afirmou
ontem que reconhece que a extinção do pregão viva-voz é uma tendência mundial. "Mas nós queremos e estamos nos esforçando
para que, no Brasil, os mercados
eletrônico e viva-voz continuem
convivendo", diz Magliano. Hoje
há 280 profissionais credenciados
como operadores na Bolsa. Há
cinco anos, eram 1.500.
Quem diz que o pregão está
com os dias contados cita os gastos para manter a estrutura de telefonia, registro das operações e
de pessoal -particularmente em
um momento de crise da Bolsa,
como o atual. O vice-presidente
da Bolsa, Eduardo Brenner, também negou o fim do viva-voz.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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