São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

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Opep, rachada, adia elevação na oferta de óleo

DA REDAÇÃO

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) sofreu um racha no final de semana, devido a uma proposta da Arábia Saudita de aumentar em grande escala a produção para abaixar os preços do produto nos mercados internacionais. A expectativa de apoio imediato do cartel ao plano da Arábia Saudita de elevar a oferta em 10% acabou não ocorrendo.
Alguns membros da Opep ficaram irritados porque os sauditas divulgaram um comunicado, na sexta-feira, dizendo que aumentarão a oferta de maneira unilateral, para 9 milhões de barris ao dia, já no próximo mês.
"Eles [os sauditas] não podem. É um erro. A Arábia Saudita não pode decidir sozinha aumentar a produção", disse o ministro do Petróleo da Líbia, Fethi bin Chetwane.
O conflito no cartel, responsável por metade do petróleo exportado no planeta, ocorre em um momento em que os preços do petróleo nos EUA atingem os maiores valores em mais de duas décadas. O barril chegou a ser negociado a US$ 41,85 na semana passada.
A Arábia Saudita anunciou o aumento antes das negociações informais da Opep em Amsterdã, no sábado. Na reunião, os ministros concordaram que os atuais preços são muito elevados, mas adiaram para o mês que vem a decisão sobre um aumento nas cotas.
A Opep argumenta que há uma série de fatores que pressiona o mercado, além da alta na demanda, e um aumento no fornecimento teria efeitos limitados, neste momento, para baixar os preços. Entre outros motivos, citam a especulação de fundos de investimento e os conflitos geopolíticos.
Alguns membros da Opep, como Líbia, Irã e Venezuela, têm governos contrários aos EUA. Por isso, a súplica do G7 pouco deve demovê-los.


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