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Greenspan prevê "contração dramática" em Bolsa chinesa
Ex-presidente do Fed afirma o que ritmo do crescimento global não será mantido
Para ex-presidente do Fed, "nos últimos cinco anos, o mundo está crescendo mais rápido do que em qualquer época de sua história"
DA REDAÇÃO
O ex-presidente do Fed (Federal Reserve, o BC americano)
Alan Greenspan disse ontem
que o ritmo atual do crescimento global não será mantido
e que teme "uma contração
dramática" no mercado de
ações chinês.
Para ele, o boom nas Bolsas
chinesas, que vêm batendo recordes consecutivos nos últimos dias, não irá durar. "É claramente insustentável. Em algum momento haverá uma
contração dramática."
Segundo o antecessor de Ben
Bernanke no comando do Fed,
a China é "crucial" no atual cenário econômico porque se tornou um "jogador integral".
Greenspan disse que a importação de produtos baratos
da China é um dos elementos
que estão estimulando o crescimento mundial. Ele também
mencionou o deslocamento
dos trabalhadores do Leste Europeu para o restante do continente e as baixas de taxas de juro e de inflação.
"Nos últimos cinco anos, o
mundo como um todo está
crescendo mais rápido do que
em qualquer época de sua história", disse o ex-presidente do
Fed. "Isso não pode durar e não
irá durar porque é um ajuste
que não terá seqüência."
Apesar da advertência, ele falou que, mesmo com a queda
dos ativos mundiais, a economia global pode sair ilesa de
uma possível desaceleração na
China se for suficientemente
flexível. "Nós teremos grandes
declínios em alguns níveis, mas
eles não podem ter efeitos significativos nos níveis de emprego ou da economia real."
As declarações de Greenspan
provocaram queda em algumas
das principais Bolsas mundiais,
mas com menos intensidade do
que aconteceu no final de fevereiro deste ano. Na ocasião, ele
disse que era possível que a
economia americana entrasse
em recessão até o final de 2007,
mas que não era provável.
O comentário de Greenspan
-que inicialmente foi interpretado como se fossem, na sua visão, maiores as chances de recessão dos EUA- foi apontado,
junto com os indicadores da
economia americana e a desvalorização na Bolsa de Xangai,
como motivo para a turbulência do mercado de ações naquele momento.
Ele voltou a se manifestar sobre o assunto há duas semanas,
quando afirmou que há chance
de dois terços de os EUA evitarem uma recessão, apesar da
desaceleração da economia do
país. Ele tinha feito declaração
semelhante em março.
Greenspan também falou
que a China deveria permitir
que a moeda local, o yuan, se
valorizasse a um ritmo "muito
mais rápido" do que o que tem
sido adotado. "Eles não podem
fazer isso indefinidamente sem
enfrentar conseqüências muito
sérias."
Com agências internacionais
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