São Paulo, sábado, 24 de maio de 2008

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Líderes do PT e do PSDB na Assembléia sinalizam apoio à venda direta ao BB

DA REPORTAGEM LOCAL

Na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, tanto a liderança do PT quanto a do PSDB mostram-se favoráveis à venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil.
Para o deputado Simão Pedro, vice-líder do PT, a incorporação do banco paulista pelo BB teria uma receptividade maior do que se o comprador fosse uma instituição privada. "Nos processos de privatização, o controle público é zero. Da parte da bancada do PT, negociadas garantias de que ninguém vai ser demitido e de manutenção da previdência, há uma simpatia de que seja para o BB. Não porque é do governo federal e do PT, mas porque há uma possibilidade maior de controle público", afirmou Pedro.
"Nossa preocupação, em primeiro lugar, é que o Estado abra mão de um banco para desenvolver política de desenvolvimento regional. Depois, pensamos na garantia de manutenção de emprego, não importando se a venda é para o BB ou para um banco privado."
O deputado José Antônio Barros Munhoz (PSDB), líder do governo na Assembléia Legislativa, ressalta que as negociações ainda são muito incipientes e, por isso, ainda não conversou a respeito com a administração estadual. "Mas, a princípio, acho que a aquisição pelo BB teria a grande vantagem de manter público o controle do banco. Tenho plena confiança de que o governador José Serra fará a escolha mais adequada [do processo de venda]."
José Aníbal, deputado federal líder do PSDB na Câmara, diz que Serra não deve enfrentar nenhum tipo de resistência do partido na aprovação do negócio. "O governador tem experiência para saber qual é a modalidade de venda que resultará em mais recursos para o Estado", comentou. "Os recursos obtidos serão muito importantes para novos investimentos."
José Carlos Vaz de Lima (PSDB), presidente da Assembléia paulista, coloca como requisitos para a aprovação da venda a análise do preço justo e a defesa dos interesses de correntistas, acionistas e servidores. "Se forem atendidas, acho que está criada a condição para a aprovação", disse. (CS, DG e TS)


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