São Paulo, sábado, 24 de maio de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

QUEDA INEXPLICÁVEL
O álcool voltou a cair nas usinas: 5,1% para o hidratado e 1,27% para o anidro, segundo o Cepea. "A queda é inexplicável neste momento", diz Antônio de Pádua Rodrigues, da Unica (que congrega as usinas). Os estoques estão baixos e a produção deste mês não justifica o desequilíbrio entre oferta e demanda. "A explicação é a descapitalização das usinas." Os preços estavam em alta no início do mês e a demanda externa também continua aquecida, o que não justifica a queda atual, segundo Rodrigues.

NOVA ESTRATÉGIA
Secretário de Política Agrícola no governo FHC, o professor Guilherme Dias, da USP, concluiu que está equivocada a estratégia de tornar o álcool uma commodity. Para ampliar o comércio, Dias avalia que o melhor caminho passa por "estabelecer acordos bilaterais".

PREFERÊNCIA
Os países escandinavos (Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia) e o Japão podem ser os primeiros a negociar com o Brasil. Com o petróleo permanecendo em alta, "outros naturalmente virão", afirma Dias.

DEFESA DO FRANGO
A Abef (associação dos exportadores) e a Apex-Brasil vão defender a carne de frango brasileira em evento da Organização Mundial de Sanidade Animal, na próxima semana em Paris. O frango, além de enfrentar protecionismo, vem recebendo acusações infundadas na Europa, dizem as associações.

VINHO
Holanda, Alemanha e Suíça aumentaram as compras de vinhos brasileiros, o que permitiu à Miolo Wine Group aumentar em 230% as vendas externas neste ano.

DESTAQUE NA SEMANA
A ação ordinária da JBS foi um dos destaques da semana na Bolsa de Valores. O papel valorizou-se 7,73% no período e ficou atrás apenas do ganho das ações da Nossa Caixa, que dispararam com a possibilidade da venda para o Banco do Brasil.

DISPARADA
Com a alta de 31% na BM&F, neste ano, a produção de bezerros de corte é um bom negócio. Para Luis Adriano Teixeira, da Agropecuária CFM, o pico dos preços ocorre em 2009.

BOI EM ALTA
Os preços do boi espelham o novo ciclo da carne. Ontem, a arroba chegou a ser negociada a R$ 83,50 em São Paulo, segundo acompanhamento de preços do Instituto FNP. O preço atual do boi supera em 49% o de há exatamente um ano, quando estava em R$ 56 por arroba. A alta se deve à reduzida oferta de animais, que levou alguns frigoríficos exportadores a pagar R$ até 82 por arroba (livre do Funrural). A escala de abate continua curta, atingindo, em média, apenas dois dias.


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