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Homens são mais afetados pela crise nos EUA
DE NOVA YORK
Na atual recessão americana,
são os homens os principais
atingidos. No caso de Nova
York, homens que trabalhavam
principalmente em áreas ligadas ao setor financeiro.
As demissões nesse segmento estão arruinando uma série
de negócios na ponta de Manhattan, onde fica a região de
Wall Street, com suas centenas
de bancos e escritórios financeiros e a Bolsa de Nova York.
Em abril, pelo segundo mês
consecutivo, a taxa de desemprego entre homens nos EUA
ficou bem acima da média nacional, de 8,9%. Para os homens, ela saltou a 9,4%. Entre
as mulheres, está em 7,1%.
Os homens são os mais atingidos não apenas no setor financeiro mas nas áreas que
têm feito os maiores cortes de
funcionários, como indústrias,
especialmente automotivas.
"Na recessão de 2001, 51%
dos empregos perdidos eram
de homens. Nesta crise, 80%
dos cortes são de vagas que
eram ocupadas por pessoas do
sexo masculino", afirma Andrew Sum, professor da área de
economia do trabalho na Northeastern University.
Praticamente o mesmo se
deu na recessão de 1991, com
uma diferença: na crise norte-americana do início dos anos
1990, 1 milhão de homens foram demitidos. Nesta recessão,
foram mais de 4,5 milhões.
A situação é ainda mais grave
porque nas últimas três décadas os salários nos EUA estiveram em queda ou se mantiveram praticamente estagnados,
especialmente para homens
com nível educacional baixo.
O nível de emprego para pessoas do sexo masculino que tenham cursado uma universidade cedeu 1,4% desde novembro
de 2007. Entre os que não têm
curso superior, foram 6%.
As áreas que mais tiveram investimentos foram educação e
saúde, que dependem de dinheiro estatal e empregam
mais mulheres, mas pagando
menos. Embora o papel das
mulheres como fonte de renda
venha aumentando, os homens
permanecem como principais
provedores em 75% das casas.
A expectativa para os próximos meses é que o pacote de estímulo de US$ 787 bilhões do
presidente Barack Obama traga novo alento para a mão de
obra masculina pouco escolarizada, com centenas de obras.
Quando o pacote foi aprovado, o governo prometeu criar
ou salvar 3,5 milhões de empregos até setembro de 2010. Já foram gastos 3,6% do total, alimentando 150 mil vagas.
Só em Nova York e em setores de predominância masculina, 255,4 mil vagas foram fechadas na área financeira e outras 270,3 mil na industrial, segundo a agência Bloomberg.
Pelos cálculos de Thomas
Philippon, professor de finanças da Stern School of Business,
o encolhimento do setor financeiro em Nova York deve custar
à cidade cerca de US$ 185 bilhões em lucros e salários.
(FCZ)
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