São Paulo, sexta-feira, 24 de junho de 2005

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MUDANÇAS

Instituição lança moeda comemorativa

Cooperativas serão fiscalizadas pelo BC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por causa do crescimento das cooperativas de crédito, o Banco Central fará uma reestruturação na área de fiscalização, que funcionará a partir de 4 de julho.
Foi criado um departamento para supervisionar, além das cooperativas, as sociedades de crédito ao microempreendedor, as administradoras de consórcios, as agências de fomento e outras instituições não vinculadas a conglomerados bancários.
De acordo com o Banco Central, o crescimento do setor justifica a criação do novo departamento, que foi recomendada por um grupo de trabalho interministerial sobre o assunto, formado em 2003.
"Em 2000, essas instituições possuíam R$ 5 bilhões em ativos, valor que hoje chega a R$ 21 bilhões", afirmou o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Sérgio Cavalheiro.
Segundo ele, muitas cooperativas apresentam porte até maior do que pequenos bancos. Cavalheiro disse também que, em 2000, essas instituições respondiam por 0,7% do total da carteira de crédito. Atualmente, essa participação atinge 1,4% desse mercado. "Temos de ter gente especializada para trabalhar nesse setor."
Com a reestruturação, o departamento vai estar presente em todas as representações regionais do Banco Central, onde poderão ser obtidas informações e feitas denúncias e reclamações.
O BC divulgou que as mudanças acontecerão sem custos extras e sem transferência de funcionários.
Outro anúncio feito ontem pelo BC foi o lançamento da moeda de R$ 1, comemorativa dos 40 anos da instituição.
Serão colocados em circulação, no segundo semestre, 40 milhões de moedas. A intenção é substituir gradualmente as cédulas por moedas, devido à durabilidade.

TJLP mantida em 9,75%
A Taxa de Juros de Longo Prazo, referência para os financiamentos do BNDES, será mantida em 9,75% ao ano no trimestre julho/setembro, pelo me nos. Apesar de pressões do setor produtivo, a taxa está nesse patamar desde abril de 2004.
A decisão foi tomada ontem pelo Conselho Monetário Nacional, formado pelo presidente do BC e os ministros da Fazenda e do Planejamento.
O cálculo da TJLP leva em conta a inflação e o risco-país -medido pela diferença entre os juros pagos pelos títulos brasileiros e as taxas dos papéis norte-americanos, considerados de risco mínimo.
Como as expectativas de inflação estão em queda, analistas acreditavam que a taxa do BNDES seria reduzida.


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