São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 2002

Texto Anterior | Índice

CONJUNTURA

Com estoque alto, indústria está pessimista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A estagnação na atividade econômica no segundo trimestre de 2002 provocou o aumento de estoque na indústria e pessimismo no empresariado. É o que mostra o levantamento Sondagem Industrial feito pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A pesquisa qualitativa foi feita com 1.159 empresas de pequeno porte e 238 grande porte em 19 Estados entre os dias 27 de junho e 16 de julho de 2002. Os indicadores da pesquisa variam de 0 a 100, sendo que índices acima de 50 indicam avaliação positiva.
Segundo a CNI, 40% das empresas entrevistadas responderam que possuíam estoques acima do planejado. Para a entidade, isso reflete o fraco desempenho da economia no primeiro semestre do ano e contribui para o adiamento da retomada da atividade. O que contradiz as expectativas do início do ano, quando a instituição apostou no crescimento gradual da indústria.
Os indicadores no segundo trimestre são mais baixos que os do terceiro trimestre de 2001, período que sofreu com o impacto da crise energética.
O indicador de volume da produção para a indústria como um todo registrou 48 pontos, o que mostra uma queda. São 38,4% das pequenas e médias empresas e 28,7% das grandes assinalando queda na produção neste segundo trimestre em relação ao trimestre anterior.
Os setores com menores indicadores foram o das matérias plásticas, couros e peles, vestuários e calçados. O indicador de faturamento registrou 47,9 pontos (45,6 pontos para as pequenas e médias empresas e 52 pontos para as grandes).
O indicador de emprego industrial manteve-se estável (47,6 pontos), mas sinaliza a redução gradual do número de empregados. Ambos os portes de empresas registraram quedas (indicadores abaixo de 50 pontos), porém pouco mais de 60% das empresas afirmaram ter mantido estável o número de empregados.

Prejuízo
A queda na produção de veículos fez a Iochpe-Maxion, empresa gaúcha de autopeças e equipamentos ferroviários, a sair do lucro e registrar um prejuízo de R$ 13,152 milhões no primeiro semestre deste ano.


Colaborou o Folha Online


Texto Anterior: Teles: Telemar lança DDD e critica Embratel
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.