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TRIBUTAÇÃO
Hoje, alíquota varia de 12% a 18%; conselho refuta pedido de isenção do imposto para taxistas
Confaz unifica ICMS de carros em 12%
ADELSON BARBOSA
free-lance para a Agência Folha, em João Pessoa (PB)
Secretários da Fazenda e das Finanças de todo o país decidiram
ontem, durante reunião ordinária
do Confaz (Conselho Nacional de
Política Fazendária), em João Pessoa (PB), unificar em 12% a alíquota de ICMS (Imposto Sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a venda de carros novos em todo o país. Hoje, a alíquota varia de 12% a 18%, dependendo do Estado.
Os secretários decidiram, também, isentar deficientes físicos do
pagamento de ICMS de veículos
de mil cilindradas, como Gol,
Fiesta, Uno, Ka e Corsa (leia texto
abaixo).
"Decidimos reduzir o ICMS para 12%, sobre a venda de carros,
desde que sejam assinados protocolos para as concessionárias se
comprometerem a não fazer
compensações de créditos anteriores", disse o coordenador do
Confaz, Edinilton Soares, que é
secretário da Fazenda do Ceará.
Os protocolos serão assinados pelos governos estaduais.
O lobby feito ontem pelos sindicatos de taxistas da Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do
Norte e Alagoas não surtiu efeito e
o Confaz ignorou a proposta de
isenção do ICMS para a compra
de carros que funcionarão como
táxis em todo o país.
Para o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda,
Cincinato Rodrigues, a decisão
mais importante tomada ontem
pelo Confaz foi a que beneficia os
deficientes com isenção da cobrança de ICMS na compra de
carros de mil cilindradas.
Propostas
Outras 54 propostas foram analisadas ontem pelos secretários
das Finanças e da Fazenda de todos os Estados e do Distrito Federal. "As outras são propostas corriqueiras", disse Edinilton Soares.
Os secretários discutiram uma
proposta técnica dos Estados como alternativa ao projeto de reforma tributária que tramita no
Congresso Nacional.
Segundo o secretário das Finanças da Paraíba, José Soares Nuto,
seria discutida ontem também a
necessidade da manutenção, na
reforma tributária, de questões
como o pacto federativo, a descentralização dos impostos, tributos e arrecadação e a concessão
de incentivos financeiros pelos
Estados para atrair empreendimentos. Outro ponto a ser mantido seria a defesa do princípio do
destino do ICMS, ou seja, a cobrança do ICMS tem que ser feita
no local da venda ao consumidor.
No projeto do governo federal
está prevista a centralização de
95% dos impostos e da arrecadação, permitindo que Estados e
municípios entrem, apenas, na
fiscalização, o que não é aceito pelos governos estaduais.
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