DA REDAÇÃO

O número de norte-americanos que está recebendo seguro-desemprego é o maior dos últimos nove anos. Na semana encerrada em 11 de agosto, a quantidade de beneficiários inchou em 131 mil, levando o número total a 3,182 milhões.
A marca é a mais alta desde setembro de 92, quando o número de pessoas sem emprego que recebiam o benefício era de 3,211 milhões. Na época, os EUA ainda se debatiam para sair do último ciclo recessivo.
Nas últimas quatro semanas encerradas em 18 de agosto, a média semanal de novos pedidos pelo seguro-desemprego foi de 378.750, acima da média de 372 mil do período encerrado na semana anterior.

Ritmo lento
Apesar de os números serem negativos e indicarem o enfraquecimento da atividade econômica, analistas consideram que o pior já tenha ficado para trás. Isso porque a média semanal de pedidos tem ficado abaixo de 400 mil, o que significaria um ritmo menor no corte de vagas pelas empresas norte-americanas.
De acordo com o governo dos EUA, a taxa de desemprego registrada em julho foi em 4,5% -o pico desde a freada no ritmo da economia. A economia do país, que vivia um boom desencadeado pelas empresas de tecnologia, começou a desacelerar em meados do ano passado.
No segundo trimestre deste ano, a economia dos EUA cresceu apenas 0,7%, pior resultado registrado desde 93.

Juros menores
Na tentativa de estimular a economia do país, o Fed (Federal Reserve, banco central do país), promoveu na última terça-feira o sétimo corte neste ano em sua taxa de juros de curto prazo.
No começo de 2001, o Fed cobrava juros de 6,5% ao ano. Depois da última redução, de 0,25 ponto percentual, a taxa foi a 3,5%, a menor desde 94. A tentativa do presidente da instituição, Alan Greenspan, é manter os americanos gastando, para que a economia não entre em recessão.



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