São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2008

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"Eu gosto das coisas corretas", diz cafeicultor

DA SUCURSAL DO RIO

Que motivos levaram o maior cafeicultor do mundo, João Faria da Silva, a produzir provas contra a Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé, da qual é associado? ""Eu gosto das coisas corretas. Se o governo criou uma ferramenta para beneficiar o produtor, ela tem que ser cumprida", disse ele à Folha por telefone.
Faria produz 180 mil sacas de café por ano, tem uma plantação de 18 milhões de pés e sua própria empresa de exportação, a Terra Forte.
O empresário entregou ao Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) os recibos de pagamento da Cooxupé atestando que ele recebeu R$ 247 mil a título de subsídio de café, enquanto que, pelas regras do leilão, poderia ter recebido no máximo R$ 24 mil.
Questionado se não temia ser punido pelo governo, por ter recebido acima do limite, respondeu: ""Se eles quiserem, eu devolvo. Não pedi a ninguém. Eles é que me ofereceram".
Faria disse que não sabe os critérios que a cooperativa usou para fazer a distribuição, porque não integra a diretoria, mas calcula que muitos outros cafeicultores receberam além do limite.


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