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Fundo diz que negociação não atrapalha acordo
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
O FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou ontem que a
posição brasileira em relação à Alca não terá impacto na negociação em curso para o fechamento
de novo pacote de ajuda ao Brasil.
Questionado pela Folha se as
divergências entre o Brasil e os
EUA poderiam atrapalhar um novo acordo por causa da pressão
norte-americana, o porta-voz do
FMI, Thomas Dawson, disse: "As
negociações estão em curso e em
breve uma nova missão estará no
Brasil para concluir o tipo de
acordo que o país deseja".
Segundo o representante do
FMI no Brasil, Rogério Zandamela, os integrantes da missão do
Fundo, a ser chefiada pelo argentino Jorge Marquéz-Ruarte, começam a chegar ao Brasil amanhã
e ficam no país por dez dias.
Em termos gerais, Dawson afirmou que o FMI está mais flexível
com os países que quiserem optar
por mudanças em critérios de cálculo do superávit primário.
"É importante dar suporte a
programas sociais e de infra-estrutura dentro de uma moldura
fiscal que permita que isso seja
feito", disse o porta-voz. "Vamos
trabalhar isso individualmente
nos programas. O objetivo é que
os países possam estabilizar suas
economias ao mesmo tempo em
que retomem uma trajetória de
crescimento."
Dawson afirmou que essa postura do FMI não é "revolucionária", mas "evolucionista". "Estamos aprendendo com o tempo."
Colaborou a Sucursal de Brasília
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