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São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 2003

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Fundo diz que negociação não atrapalha acordo

FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON

O FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou ontem que a posição brasileira em relação à Alca não terá impacto na negociação em curso para o fechamento de novo pacote de ajuda ao Brasil.
Questionado pela Folha se as divergências entre o Brasil e os EUA poderiam atrapalhar um novo acordo por causa da pressão norte-americana, o porta-voz do FMI, Thomas Dawson, disse: "As negociações estão em curso e em breve uma nova missão estará no Brasil para concluir o tipo de acordo que o país deseja".
Segundo o representante do FMI no Brasil, Rogério Zandamela, os integrantes da missão do Fundo, a ser chefiada pelo argentino Jorge Marquéz-Ruarte, começam a chegar ao Brasil amanhã e ficam no país por dez dias.
Em termos gerais, Dawson afirmou que o FMI está mais flexível com os países que quiserem optar por mudanças em critérios de cálculo do superávit primário.
"É importante dar suporte a programas sociais e de infra-estrutura dentro de uma moldura fiscal que permita que isso seja feito", disse o porta-voz. "Vamos trabalhar isso individualmente nos programas. O objetivo é que os países possam estabilizar suas economias ao mesmo tempo em que retomem uma trajetória de crescimento."
Dawson afirmou que essa postura do FMI não é "revolucionária", mas "evolucionista". "Estamos aprendendo com o tempo."


Colaborou a Sucursal de Brasília


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