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Financiamento de veículos é alvo do Banco do Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois do consignado, os
financiamentos para compra
de automóveis são o foco do
Banco do Brasil. Segundo a
Folha apurou, a instituição
federal analisa a aquisição de
cinco carteiras desse segmento oferecidas por bancos
de pequeno porte e também
por outros ligados diretamente às montadoras.
O BB tem R$ 3 bilhões disponíveis para essas aquisições. Os recursos foram liberados a partir das mudanças
promovidas pelo Banco Central no recolhimento compulsório -parte dos depósitos captados dos clientes que
é transferida para o BC.
Além da compra de carteiras, o BB tem elevado o financiamento a montadoras,
segmento no qual o banco já
atuava antes da crise financeira e no qual tem interesse.
Os empréstimos a montadoras, segundo fontes do governo ligadas à instituição, têm
crescido e deverão se elevar
mais, já que é um setor importante para o crescimento
do país, e a perspectiva é de
continuidade do aumento do
consumo de automóveis.
Bancos
Após a flexibilização dos
compulsórios, o BB conta
ainda com mais R$ 5 bilhões
que podem ser usados livremente, para aumentar a
compra de carteiras ou mesmo adquirir instituições inteiras. A Folha apurou que o
BB analisa a possibilidade de
comprar cinco bancos ou
instituições ligadas ao setor
financeiro, o que poderia incluir o setor automotivo.
Oficialmente, o Banco do
Brasil nega que haja alguma
negociação. No entanto, ontem, aumentaram os rumores de que a instituição poderá comunicar ao mercado
em breve uma aquisição.
Após encontro com o presidente Lula, o governador mineiro, Aécio Neves (PSDB),
disse que essa é uma "possibilidade concreta".
Ele disse ter ouvido isso do
próprio presidente. "Temos
uma preocupação grave em
relação a esse setor, porque,
se não fosse o financiamento
direto das próprias montadoras, já teríamos uma queda maior do que se anuncia",
disse Aécio. Segundo ele, o
BB poderá "eventualmente"
adquirir uma financeira, para que possa complementar
os investimentos de financiamento das montadoras,
que estão aquém da demanda".
(EDUARDO SCOLESE E SHEILA D'AMORIM)
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