|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Operação da Receita aumenta fiscalização em Foz do Iguaçu
Contrabando cresce 26,6%; 40% do comércio ilegal ocorre na fronteira com a Argentina e o Paraguai
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O aumento das apreensões
de mercadorias ilegais durante
a crise motivou a Receita Federal a ampliar a fiscalização em
Foz do Iguaçu de olho no movimento na fronteira no fim do
ano. Desde ontem, com a Operação Advento, o órgão intensificou a vigilância na região com
reforço de 50 agentes e dois helicópteros de monitoramento.
De janeiro a agosto, foram
apreendidos no país R$
880,256 milhões em produtos
contrabandeados, crescimento
de 26,58% na comparação com
a média mensal de todo o ano
de 2008. Também houve aumento de 43,67% nas interceptações de armas e munições.
Segundo o fisco, 40% de todas as mercadorias ilegais que
entram no país passam pela tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai). "A operação especial tem o objetivo de proteger a indústria nacional e o comércio legal, impedindo a entradas de produtos falsos ou
nocivos à segurança nacional,
como drogas e armamentos",
disse o secretário da Receita,
Otacílio Cartaxo.
A estimativa é que o total de
mercadorias apreendidas até o
fim do ano chegue a R$ 1,250
bilhão, superando 2008. Até
agosto, a quantidade de bolsas e
acessórios recolhida superava
em 88,38% a média mensal do
ano passado. As apreensões de
óculos de sol saltaram 243,25%
na mesma comparação.
Segundo o subsecretário de
Aduana e Relações Internacionais da Receita, Fausto Coutinho, a retração do comércio
mundial causou o aumento da
quantidade de produtos transportados de forma clandestina,
para fugir da tributação.
"Não há crise para o contrabando. Existe na verdade uma
tentativa de alocação desses estoques que sobraram em países
com classes consumidoras expressivas, como o Brasil", afirmou Coutinho.
A Receita também anunciou
a conclusão de processo de assinatura de um acordo de cooperação com a Polícia Federal.
As negociações iniciadas em
abril possibilitarão a parceria
na capacitação dos agentes e a
troca de informações sobre investigações que interessem aos
dois órgãos. Além disso, está
prevista a realização de 20 operações conjuntas em 2010.
"Até então o trabalho com a
PF não era institucionalizado.
Com o acordo de intercâmbio
de experiências, ganharemos
em eficiência e produtividade",
disse Coutinho.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: Finanças: Presidente deixa a gestora de recursos do BB Índice
|