UOL


São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GASTAR, GASTAR

Especialistas dão pequenos conselhos para evitar prejuízos

Natal aciona luz vermelha contra compra excessiva

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O fim do ano chega sempre acompanhado de gastos extras. Nas lista, itens como presentes, roupas novas e ceia de Natal. Não é impressão: tudo ao redor induz o consumo. Os comerciantes querem a fatia deles nos cerca de R$ 36 bilhões que aportam na economia com o 13º salário. Mas pequenas e significativas providências fazem toda a diferença para evitar transtornos e prejuízo.
A primeira é evitar compras de última hora, quando lojas estão lotadas, parte dos produtos acabou no estoque e o risco de comprar qualquer coisa, só para não deixar de presentear alguém, é grande.
Sem tempo para escolher e pesquisar preços, o consumidor faz compras impulsivas e gasta mais. Isso sem contar o risco de levar produtos diferentes dos desejados. Com antecedência e planejamento, dá para fazer levantamento prévio de preço, prazo e forma de pagamento.
É possível avaliar também se as promoções são verdadeiras ou não passam de chamariz. "Quando a loja oferece parcelamento sem acréscimo, mas dá desconto à vista, pode haver juros embutidos superiores ao desconto", avisa Dinah Barreto, assistente de direção da Fundação Procon de São Paulo.

Desconto
Se o orçamento está apertado e você quer encher a casa de presentes, pechinche. Qualquer real de desconto vale o esforço.
Em média, com algum "choro", consegue-se abatimento de 5% nas compras à vista no comércio em São Paulo. Mas é possível chegar a 10% em alguns estabelecimentos. Parece pouco, mas nessa época de final de ano, em que comprar um só presente não basta, conseguir um descontinho aqui outro ali faz toda a diferença.
O manual do bom consumidor também diz que financiamentos devem ser evitados, até porque o preço à vista costuma ser mais atraente. Se for inevitável, prefira prazos mais curtos, pois os juros costumam ser menores.
No comércio paulistano, um financiamento de seis meses costuma ter juros em torno de 4% ao mês. Já no parcelamento em 12 vezes, os juros podem chegar a 7% ao mês.

Estratégia
O Procon também sugere que se guarde todo material relativo à promoção, como folders, encartes ou mala-direta. É a melhor maneira de fazer a empresa cumprir com o que foi anunciado, avisa a instituição.
Se faltar paciência para enfrentar o comércio no Natal, lembre-se de que comprar pela internet pode ser cômodo e prático, mas ainda não é a maneira perfeita de evitar aborrecimentos.
Para as compras on-line, é ainda mais essencial exigir a nota fiscal na hora de fazer o pedido e na hora de retirá-lo. Também é necessário verificar se tudo está de acordo com o que foi pedido.
Lembre-se que no início do ano as despesas são grandes, com gastos como IPVA, IPTU e material escolar.
"É muito comum as pessoas se empolgarem no Natal e já estarem com dívidas na hora de pagar as contas extras", alerta Cássia D'Aquino Filocre, consultora de educação financeira.
Assim, o negócio é fazer a lista e ir às compras.


Texto Anterior: Tesouro Direto é isento de taxa de administração
Próximo Texto: Personagens: Universitária quer trocar de automóvel
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.