DA REDAÇÃO

A América Latina será a região de mercados emergentes que será mais afetada por uma desaceleração da economia dos Estados Unidos e as piores condições de financiamento, segundo relatório da EIU (Economist Intelligence Unit). Ainda segundo o estudo, a expansão da região também será afetada pelos "ritmos de investimento relativamente baixos".
"De acordo com a EIU, o próximo ano será "menos propício para o crescimento" que o atual, em que os mercados emergentes têm tido resultados "excepcionais".
Segundo a divisão de estudo da "Economist", o PIB (Produto Interno Bruto) da América Latina deverá crescer 3,8% no ano que vem e 4,2% em 2009 -a previsão para este ano é que a região cresça 5,1%, índice menor que a expansão registrada no ano passado, que foi de 5,3%.
O estudo afirma que os países emergentes asiáticos serão menos afetados por uma desaceleração em 2008 -graças ao comércio interno da região-, que a China continuará com forte crescimento e que os países do Leste Europeu continuarão a ser favorecidos pela "ainda forte" expansão da zona do euro.

Recessão
O ex-presidente do Fed (o BC americano) Alan Greenspan disse que as chances de uma recessão nos EUA poderiam estar acima de 50% não fosse a flexibilidade da economia do país.
Ele também afirmou que o impacto inflacionário do dólar fraco varia com o tempo. "É preciso se perguntar as conseqüências inflacionárias do dólar enfraquecido. Às vezes, não são importantes, outras vezes, são muito importantes."
Mais cedo, Greenspan disse que os mercados entenderam que os preços de moradias nos EUA ainda estão caindo, mas que o setor corporativo caminha "notavelmente bem". "Os mercados estão começando a entender que o declínio dos preços de moradias nos EUA não vai parar. Isso é sem precedentes nos últimos 50 anos."