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Anúncio deve estimular mais investimentos
DA REPORTAGEM LOCAL
O anúncio dos investimento em aumento da capacidade produtiva e em novos centros de pesquisa e desenvolvimento feito pela Fiat ontem deverá provocar uma
nova onda de investimento
por parte da indústria automotiva no país. "Isso é absolutamente inevitável", afirma Luiz Carlos Mello, coordenador do centro de estudos automotivos da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) e ex-presidente da
Ford. "Historicamente, toda
vez que uma montadora
trouxe ao país uma mudança
de patamar, as outras tiveram de acompanhá-la."
É isso o que os investimentos da Fiat representam:
uma mudança de patamar do
volume de produção no Brasil, de acordo com especialistas do setor.
Apesar de a Fiat ser líder
em vendas, a Volkswagen é a
maior montadora do país. Isso porque a montadora alemã direciona parte de sua
produção a exportações, enquanto a italiana privilegiou
o mercado interno.
Depois dos investimentos
anunciados, no entanto, a
Fiat terá capacidade de produzir também para exportar
porque alcançará um porte
superior ao de todas as concorrentes. Com isso, terá um
grande diferencial: escala,
que permitirá a redução nos
custos de produção. Às outras cabem acompanhá-la.
"O Brasil precisa alcançar
a capacidade produtiva de
4,5 milhões de unidades ao
ano até 2010 para se tornar
competitivo", afirmou Cledorvino Belini, presidente da
Fiat do Brasil, recentemente.
"O país pode dar um salto,
como nos anos 90 com o
acordo automotivo."
Outro argumento a favor
dos investimentos que devem acontecer na esteira dos
anunciados pela Fiat diz respeito ao fato de que as fábricas erguidas antes dos anos
1990 continuam desatualizadas. "Elas foram projetadas
para outra época", diz Mello.
"Os processos produtivos
eram outros, mais caros e
ineficientes. Elas deverão ser
completamente fechadas ou
refeitas."
(CRISTIANE BARBIERI)
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