São Paulo, quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

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Brasil voltará a emitir títulos no exterior

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de sete meses afastado do mercado internacional, o Brasil "não vai demorar muito" para emitir títulos fora do país, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
O governo federal continuará emitindo papéis com o objetivo de melhorar o perfil da dívida externa, seja por taxas de juros mais baixas, seja por prazos mais longos, mas de acordo com o secretário do Tesouro, "em um prazo não tão longo, o mercado internacional pode ter condições de voltar a financiar países emergentes".
A última emissão externa feita pelo governo brasileiro ocorreu no mês de maio, quando o Tesouro ofertou o montante de US$ 525 milhões aos investidores americanos, asiáticos e europeus.
Na semana passada, o México fez uma captação de US$ 2 bilhões, a primeira realizada por um país emergente desde setembro, quando a Turquia vendeu títulos no mercado internacional. Foi no mês de setembro que a crise no sistema financeiro mundial se agravou.
A boa aceitação obtida pelos papéis mexicanos foi vista pelo governo como um sinal de que, apesar da crise internacional e da redução nos recursos disponíveis para financiamentos, alguns países ainda têm acesso ao mercado internacional.
"A emissão do México é um fator positivo. Assim que tivermos condições melhores, vamos voltar, sim, ao mercado internacional", afirmou Arno Augustin.
Além de servir como um teste da confiança dos investidores no país, a venda de títulos do Tesouro Nacional no mercado externo também é um sinal para as empresas privadas. A taxa de juros paga pelo governo funciona como um indicador para os empréstimos que são tomados pelo setor privado.


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