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Brasil voltará a emitir títulos no exterior
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de sete meses afastado do mercado internacional, o Brasil "não vai demorar muito" para emitir títulos fora do país, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
O governo federal continuará emitindo papéis com o
objetivo de melhorar o perfil
da dívida externa, seja por taxas de juros mais baixas, seja
por prazos mais longos, mas
de acordo com o secretário
do Tesouro, "em um prazo
não tão longo, o mercado internacional pode ter condições de voltar a financiar países emergentes".
A última emissão externa
feita pelo governo brasileiro
ocorreu no mês de maio,
quando o Tesouro ofertou o
montante de US$ 525 milhões aos investidores americanos, asiáticos e europeus.
Na semana passada, o México fez uma captação de
US$ 2 bilhões, a primeira
realizada por um país emergente desde setembro, quando a Turquia vendeu títulos
no mercado internacional.
Foi no mês de setembro que
a crise no sistema financeiro
mundial se agravou.
A boa aceitação obtida pelos papéis mexicanos foi vista pelo governo como um sinal de que, apesar da crise internacional e da redução nos
recursos disponíveis para financiamentos, alguns países
ainda têm acesso ao mercado
internacional.
"A emissão do México é
um fator positivo. Assim que
tivermos condições melhores, vamos voltar, sim, ao
mercado internacional",
afirmou Arno Augustin.
Além de servir como um
teste da confiança dos investidores no país, a venda de títulos do Tesouro Nacional
no mercado externo também
é um sinal para as empresas
privadas. A taxa de juros paga pelo governo funciona como um indicador para os empréstimos que são tomados
pelo setor privado.
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