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Fiesp dá curso a trabalhador com jornada menor
DO "AGORA"
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo) anunciou ontem que
irá oferecer pelo menos 100
mil vagas em cursos gratuitos profissionalizantes para
os trabalhadores que tiverem redução de jornada e de
salário por conta da crise internacional que afetou o emprego no país. Os cursos serão no Senai-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
As empresas que firmarem
esse tipo de acordo é que deverão inscrever os seus empregados no curso. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou, em nota, que "uma
grande vantagem ao trabalhador é a possibilidade de
reciclagem e qualificação
profissional em cursos que,
em valores de mercado, seria
muito difícil pagar".
Trabalhadores e empresas
de diversos setores já começaram a fechar acordos desse
tipo para evitar demissões
em massa ainda neste ano. É
o caso da AçoTécnica, de
Jandira (Grande São Paulo)
e da concessionária Alta
Volkswagen.
A proposta da Fiesp foi criticada pelas centrais sindicais. Segundo elas, a medida
pode desencadear uma onda
de redução de direitos.
"Antes de negociar a redução da jornada, o sindicato
tem obrigação de esgotar todas as possibilidades. É uma
decisão extrema. Cada caso
deve ser analisado com cuidado. Não pode transformar
em regra para prejudicar o
trabalhador", disse Artur
Henrique, presidente da
CUT (Central Única dos Trabalhadores).
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva,
também vê com ressalvas a
redução de direitos. "Tem
muito empresário que não
está quebrando que vai usar
essa flexibilização para empurrar a crise pro bolso do
trabalhador. O sindicato não
pode permitir isso", disse.
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