São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

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PIB da China cresce 11,4%, maior avanço em 13 anos

País deve encostar na Alemanha na disputa pela 3ª maior economia do mundo

Inflação ao consumidor, uma das preocupações de Pequim, aumentou 4,8%, a maior alta em 11 anos e acima da meta de até 3%

Yanwen Ku/Efe
Trabalhadores da estatal Petrochina perfuram poço de petróleo


DA REDAÇÃO

A economia chinesa atingiu no ano passado o seu maior nível de crescimento em 13 anos, se aproximando da Alemanha na disputa pelo posto de terceira maior economia mundial, mas mostrou pequenos sinais de desaceleração no último trimestre de 2007. O superaquecimento da economia é uma das principais preocupações das autoridades do país.
O PIB (Produto Interno Bruto) chinês se expandiu em 11,4% em 2007, um avanço de 0,3 ponto percentual em relação ao ano anterior e a maior alta desde 1994, quando cresceu 13,1%. Foi o quinto ano consecutivo em que o país cresceu pelo menos 10%. Nos últimos três meses do ano passado, a expansão foi de 11,2%, ante um avanço de 11,5% no período de julho a setembro -no segundo trimestre de 2007, o PIB tinha subido 11,9%.
A soma das riquezas produzidas pelo país alcançou 24,67 trilhões de ienes (cerca de US$ 3,4 trilhões). A Alemanha ainda não divulgou os dados do PIB de 2007, mas a expectativa é a de que ele atinja US$ 3,5 trilhões. No entanto, a diferença entre o PIB per capita dos dois países é enorme: o alemão, foi de quase US$ 35,5 mil em 2006, segundo o FMI, e o chinês, de pouco mais de US$ 2.000. Os EUA e o Japão são as duas maiores economias mundiais.
O chefe de estatísticas do Escritório Nacional de Estatísticas, Xie Fuzhan, disse que, para 2008, a expectativa é que a economia "continue estável e com rápido crescimento". A China -uma das economias de maior expansão no mundo- é vista como um dos fatores que pode atenuar o esfriamento da economia mundial caso os EUA entrem em recessão.
A inflação ao consumidor, outra preocupação de Pequim, subiu 6,5% em dezembro passado, com a inflação anual atingindo 4,8% -a maior alta em 11 anos e muito acima da meta do governo, que é de uma taxa de até 3% ao ano. Em 2006, ela tinha subido 1,5%. Os preços em dezembro apresentaram uma pequena queda em relação ao mês anterior, quando ficaram em 6,9% (a maior alta mensal também em 11 anos).
Xie afirmou que "o amplo estoque de dinheiro é um dos fatores que estão por trás [do aumento] da inflação". Geralmente, as autoridades atribuem a alta a fatores estruturais, como falta de suínos.
O banco central chinês adotou no ano passado uma postura bem mais agressiva que o habitual para controlar a quantidade de dinheiro em circulação na economia e o ritmo de crescimento do PIB. A taxa de juros foi elevada seguidas vezes, e o mesmo aconteceu com o volume de recursos que os bancos devem deixar imobilizados no BC, sem emprestar.


Com agências internacionais

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