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PIB da China cresce 11,4%, maior avanço em 13 anos
País deve encostar na Alemanha na disputa pela 3ª maior economia do mundo
Inflação ao consumidor, uma das preocupações de Pequim, aumentou 4,8%, a maior alta em 11 anos e acima da meta de até 3%
Yanwen Ku/Efe
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Trabalhadores da estatal Petrochina perfuram poço de petróleo |
DA REDAÇÃO
A economia chinesa atingiu
no ano passado o seu maior nível de crescimento em 13 anos,
se aproximando da Alemanha
na disputa pelo posto de terceira maior economia mundial,
mas mostrou pequenos sinais
de desaceleração no último trimestre de 2007. O superaquecimento da economia é uma
das principais preocupações
das autoridades do país.
O PIB (Produto Interno Bruto) chinês se expandiu em
11,4% em 2007, um avanço de
0,3 ponto percentual em relação ao ano anterior e a maior alta desde 1994, quando cresceu
13,1%. Foi o quinto ano consecutivo em que o país cresceu
pelo menos 10%. Nos últimos
três meses do ano passado, a
expansão foi de 11,2%, ante um
avanço de 11,5% no período de
julho a setembro -no segundo
trimestre de 2007, o PIB tinha
subido 11,9%.
A soma das riquezas produzidas pelo país alcançou 24,67
trilhões de ienes (cerca de US$
3,4 trilhões). A Alemanha ainda
não divulgou os dados do PIB
de 2007, mas a expectativa é a
de que ele atinja US$ 3,5 trilhões. No entanto, a diferença
entre o PIB per capita dos dois
países é enorme: o alemão, foi
de quase US$ 35,5 mil em 2006,
segundo o FMI, e o chinês, de
pouco mais de US$ 2.000. Os
EUA e o Japão são as duas
maiores economias mundiais.
O chefe de estatísticas do Escritório Nacional de Estatísticas, Xie Fuzhan, disse que, para
2008, a expectativa é que a economia "continue estável e com
rápido crescimento". A China
-uma das economias de maior
expansão no mundo- é vista
como um dos fatores que pode
atenuar o esfriamento da economia mundial caso os EUA
entrem em recessão.
A inflação ao consumidor,
outra preocupação de Pequim,
subiu 6,5% em dezembro passado, com a inflação anual atingindo 4,8% -a maior alta em 11
anos e muito acima da meta do
governo, que é de uma taxa de
até 3% ao ano. Em 2006, ela tinha subido 1,5%. Os preços em
dezembro apresentaram uma
pequena queda em relação ao
mês anterior, quando ficaram
em 6,9% (a maior alta mensal
também em 11 anos).
Xie afirmou que "o amplo estoque de dinheiro é um dos fatores que estão por trás [do aumento] da inflação". Geralmente, as autoridades atribuem a alta a fatores estruturais, como falta de suínos.
O banco central chinês adotou no ano passado uma postura bem mais agressiva que o habitual para controlar a quantidade de dinheiro em circulação
na economia e o ritmo de crescimento do PIB. A taxa de juros
foi elevada seguidas vezes, e o
mesmo aconteceu com o volume de recursos que os bancos
devem deixar imobilizados no
BC, sem emprestar.
Com agências internacionais
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