São Paulo, segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

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Brasil não tem centro de estudos eficiente

AndyWong - 18.mai.09/Asoociated Press
Presidente Lula e primeira-dama, Marisa Letícia, chegam a Pequim, em visita em maio passado

DE PEQUIM

O interesse em estudos sobre a China tem crescido no Brasil, mas o país ainda não tem um centro de estudos sobre a China com pesquisadores em dedicação exclusiva, fluentes em mandarim ou com bolsas e viagens periódicas ao objeto de estudo.
A Unesp-Marília criou um Grupo de Estudos sobre os Brics (Brasil, Russia, Índia e China), com professores de Economia e Relações Internacionais que também abordam o modelo chinês.
Criado em 2003, o Grupo de Estudos da Ásia-Pacífico (Geap) da PUC/SP estabeleceu um Centro de Estudos da China em 2006, mas, dos 11 pesquisadores, apenas dois listam a China entre suas principais áreas de interesse.
O centro, coordenado pelo professor Henrique Altemani, organizou duas semanas de estudos sobre a China.
Na Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro, o Centro de Estudos Afroasiáticos tem um programa de estudos China -Ásia Pacífico.
O maior avanço é no ensino do mandarim. Diversas universidades criaram cursos recentemente, como a UFMG, a Universidade Regional de Blumenau, a PUC do Rio Grande do Sul, a Estadual de Maringá e a Anhembi/Morumbi.
O Instituto Confúcio, patrocinado pelo governo chinês, abriu escolas de línguas na UnB e na Unesp, este último em parceria com a Universidade de Hubei, na China.
Apesar de se apresentar como um centro difusor da cultura chinesa, o folclore domina sua programação extracurricular. Ao contrário dos centros de estudos sobre China em universidades americanas, europeias ou astralianas, no Confúcio não se pode discutir questões sensíveis ao Partido Comunista, como conflitos étnicos, desequilíbrios do modelo econômico ou devastação ambiental. (RJL)


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