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Brasil não tem centro de estudos eficiente
AndyWong - 18.mai.09/Asoociated Press
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Presidente Lula e primeira-dama, Marisa Letícia, chegam a Pequim, em visita em maio passado
DE PEQUIM
O interesse em estudos sobre
a China tem crescido no Brasil,
mas o país ainda não tem um
centro de estudos sobre a China com pesquisadores em dedicação exclusiva, fluentes em
mandarim ou com bolsas e viagens periódicas ao objeto de estudo.
A Unesp-Marília criou um
Grupo de Estudos sobre os
Brics (Brasil, Russia, Índia e
China), com professores de
Economia e Relações Internacionais que também abordam o
modelo chinês.
Criado em 2003, o Grupo de
Estudos da Ásia-Pacífico
(Geap) da PUC/SP estabeleceu
um Centro de Estudos da China em 2006, mas, dos 11 pesquisadores, apenas dois listam a
China entre suas principais
áreas de interesse.
O centro, coordenado pelo
professor Henrique Altemani,
organizou duas semanas de estudos sobre a China.
Na Universidade Candido
Mendes, no Rio de Janeiro, o
Centro de Estudos Afroasiáticos tem um programa de estudos China -Ásia Pacífico.
O maior avanço é no ensino
do mandarim. Diversas universidades criaram cursos recentemente, como a UFMG, a Universidade Regional de Blumenau, a PUC do Rio Grande do
Sul, a Estadual de Maringá e a
Anhembi/Morumbi.
O Instituto Confúcio, patrocinado pelo governo chinês,
abriu escolas de línguas na UnB
e na Unesp, este último em parceria com a Universidade de
Hubei, na China.
Apesar de se apresentar como um centro difusor da cultura chinesa, o folclore domina
sua programação extracurricular. Ao contrário dos centros de
estudos sobre China em universidades americanas, europeias ou astralianas, no Confúcio não se pode discutir questões sensíveis ao Partido Comunista, como conflitos étnicos, desequilíbrios do modelo
econômico ou devastação ambiental.
(RJL)
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