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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
CVM aumenta fiscalização do mercado
Na semana passada, um diretor da Sadia e um ex-funcionário do ABN Amro Real concordaram em pagar quantias de
US$ 364,43 mil e US$ 135,38
mil à SEC, o órgão regulador de
mercado de capitais norte-americano, para se livrarem
das acusações de uso de informação privilegiada. Os dois ainda se comprometeram a não
atuar no mercado por um período. No Brasil, o processo está em fase de conclusão.
Nos últimos anos, a CVM
tem se esforçado para aumentar não só a velocidade no julgamento dos processos de acusações de irregularidades como
também na fiscalização do
mercado. O presidente da
CVM, Marcelo Trindade, diz
que o crescimento do mercado
de capitais obriga a CVM a ficar
mais atenta e mais atuante.
Um dos mecanismos que a
CVM tem usado com freqüência e que tem ajudado na conclusão dos processos foi esse
adotado pela SEC no caso da
Sadia. Os dois indiciados propuseram um acordo, que foi
aceito pela SEC, antes de a ação
ser julgada. Chama-se celebração de termo de compromisso
esse tipo de acordo.
O número de processos e de
celebrações de termos de compromisso tem crescido bastante na CVM nos últimos anos,
assim como as multas e punições. Em 2006, foram celebrados 28 termos de compromissos, com multas que chegaram
a R$ 1 milhão, além de muitas
desqualificações e suspensões.
Para agilizar esses processos,
a CVM criou, há um ano e três
meses, um comitê de termo de
compromisso, formado por
técnicos da autarquia para acelerar a negociação desses acordos antes de serem analisados
pelo colegiado, que tem a palavra final sobre o acordo.
A CVM irá adotar, nos próximos dias, um novo modelo de
fiscalização que amplia sua
atuação como xerife do mercado. Trata-se de um método de
supervisão criado pelo FSA (Financial Services Authority), o
órgão regulador do sistema financeiro do Reino Unido, e que
já foi copiado por diversos países. Nesse novo modelo, a CVM
irá concentrar esforços na fiscalização de setores ou empresas que possam provocar mais
danos de imagens ao mercado
ou mais prejuízo aos investidores. Assim, o movimento das
grandes empresas na Bolsa será
mais vigiado do que outras que
não têm tanta influência no
mercado.
METÁLICO
A Villares Metals inaugura, em 1º de março, um novo
equipamento, um laminador acabador, na sua unidade de
Sumaré, em São Paulo. A empresa, uma das maiores fornecedoras de aços, ligas e peças de grande porte da América Latina, investiu 50 milhões na nova máquina. O objetivo é elevar sua capacidade de produção de laminados em 40%. O laminador levou 20 meses para ser construído e terá
capacidade de 50 mil toneladas por ano de produtos acabados. "Em 2008, a produção deve se aproximar da capacidade total", afirma Franz Struzl, presidente da Villares Metals.
RECORDE
A presidente da Caixa
Econômica Federal, Maria
Fernanda Ramos Coelho,
anuncia amanhã, em Brasília, o maior lucro de sua história. O crescimento ocorreu por conta da expansão
de 19% nas receitas com
operações de crédito, resultado de uma carteira de crédito que atingiu quase R$ 46
bilhões. O valor é 23% superior ao de 2005 e compensou a redução do "spread"
médio realizada no ano passado. O lucro de 2005 foi de
R$ 2,7 bilhões.
AÇÕES
O HSBC GIF Brazil
Equity, maior fundo ativo
"offshore" do mundo com
investimento em ações brasileiras, atingiu, na semana
passada, US$ 1 bilhão. A
marca foi alcançada menos
de três anos após seu lançamento, ocorrido em agosto
de 2004. O HSBC GIF Brasil
Equity gerou 195,2% de retorno em dólares.
TECNOLOGIA
A Intel Capital e a Telefônica promovem na terça, em
São Paulo, o Intel Capital
Technology Day. O evento
será realizado pela primeira
vez na América Latina.
NAS COSTAS
A marca de malas e mochilas Jansport, que está
presente em 51 países, passará a ser comercializada no
Brasil. Os produtos serão
vendidos em multimarcas.
GRAXA
A Visanet acaba de fechar mais uma parceria inusitada.
A empresa credenciou Xu Xaine, engraxate de Alphaville,
famoso por atender executivos de grandes empresas. A
partir de agora, quem usa os serviços de Xu Xaine poderá
pagar com cartões de crédito e débito da Visa, por terminais GPRS. A ação faz parte da estratégia da empresa de entrar em novos segmentos e abordar mercados inexplorados como táxis, feiras livres, escolas e autônomos em geral. "Xu Xaine é como um mascote. Ele representa internamente essa estratégia", diz Eduardo Gouveia, diretor-executivo comercial e de marketing da Visanet.
GELADA
A Kaiser, pelo sétimo mês
consecutivo, teve aumento
de sua participação de mercado, de 8,7% com relação a
janeiro. Desde que a nova estratégia de comunicação da
marca foi implementada, a
participação da cerveja cresceu mais de 13%. A marca
promete trazer mais celebridades em sua campanha.
DE AÇO
A alta das ações da Usiminas nas últimas semanas levou a companhia a atingir
valor de mercado acima de
US$ 10 bilhões. A tendência
de crescimento -que continua, segundo os analistas-
veio do setor siderúrgico,
que já acumula alta de 17%
só neste ano e, em particular, da Usiminas, cujos papéis já tiveram uma valorização de 23,9%. O acumulado do Ibovespa no mesmo
período é de 3,1%.
CASINHA
A recém-firmada parceria
entre a consultoria internacional Newmark Knight
Frank e a brasileira Ximenes
vai permitir que alguns brasileiros comprem imóveis
de altíssimo padrão em mais
de 30 países do mundo. Dentre os imóveis, existe a categoria "casa dos sonhos", em
lugares como Quênia, Nova
Zelândia e Portugal. As casas, com metragem de 3.000
m2 a 60.000 m2, valem em
média US$ 3 milhões.
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