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Oferta limitada de assentos em aviões é entrave a estrangeiros
DA SUCURSAL DO RIO
A oferta limitada de assentos
nas aeronaves é vista hoje como o principal entrave à expansão do número de turistas que
visitam o país. Segundo José
Francisco de Salles Lopes, diretor de estudos e pesquisas da
Embratur, de cada quatro turistas que viajam para o Brasil,
três vêm de avião.
"Em 2005 recebemos 2,1 milhões de europeus. O turista
que interessa fica longe do Brasil e leva pelo menos seis horas
de avião para chegar. Nosso trabalho maior é aumentar a oferta de assentos em vôos internacionais", disse.
No ano passado, o setor foi
afetado pela crise da Varig, que
resultou na queda do número
de assentos oferecidos. Segundo Adonai Telles, do Núcleo de
Turismo da FGV, o país ainda
se apóia muito nas belezas naturais para atrair turistas. "O
que falta é uma estrutura de recepção para quem chega de
avião, uma infra-estrutura aeroportuária que comporte o
crescimento. Existe uma série
de fatores que precisam ser discutidos na regulamentação do
transporte aéreo", disse.
O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil),
Milton Zuanazzi, disse na última sexta ser favorável à participação maior de estrangeiros
nas aéreas. A lei define um limite de 20%, mas já há um projeto
no Congresso para elevar esse
percentual para 49%. "A participação estrangeira de 20% é
muito restritiva. Cada setor
tem particularidades, mas 20%
é muito restritivo", disse. Ele
defende, porém, que o controle
das companhias seja brasileiro.
A mudança do limite de participação de estrangeiros beneficiaria a Varig, que já iniciou
negociações com a chilena
LAN. A empresa fez um aporte
de cerca de US$ 17 milhões à
Varig com a opção de converter
o crédito em ações. A Varig diz
que respeitará o limite legal
mesmo com a eventual entrada
de um acionista.
(JL)
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