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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Alta do mínimo exclui beneficiário do Minha Casa
O reajuste do salário mínimo
concedido pelo presidente Lula
em janeiro deixou de fora uma
parcela de beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida. Os valores das categorias de
renda estabelecidos no programa não foram reajustados de
acordo com o novo mínimo.
Em muitos casos, os novos
candidatos ao Minha Casa, Minha Vida terão condições menos favoráveis, com juros e entrada mais altos.
"Os valores do programa deveriam ter acompanhado o reajuste do salário mínimo", diz
Celso Petrucci, diretor do Secovi-SP (sindicato da habitação).
Uma simulação feita no site
da Caixa aponta que beneficiários na faixa salarial de seis mínimos, agora com renda superior, ficaram com condições de
pagamentos piores.
O banco informou que o valor do mínimo considerado refere-se ao salário vigente na data de lançamento do programa.
Segundo a Caixa, que segue
orientação do Ministério das
Cidades, "a renovação não é automática".
Na simulação, o trabalhador
que ganhava seis mínimos de
R$ 465 até dezembro de 2009,
ou seja R$ 2.790, tinha direito a
empréstimo com juros de 6%
ao ano e entrada de R$ 5.985
para financiar R$ 72 mil.
Com o aumento do mínimo
para R$ 510, o teto da faixa de
seis mínimos subiu para R$
3.060. Uma pessoa com a mesma renda do exemplo, saiu da
categoria de três a seis salários
mínimos para a faixa de seis a
dez mínimos.
Para esse beneficiário, agora
são oferecidas taxas de juros de
8,16% e entrada de R$ 16 mil
para financiar R$ 64 mil.
BATE-BOLA
A Visa resolveu fazer
marcação cerrada em locais em que clientes
usam pouco os cartões
de crédito.
Para fazer o dinheiro
de plástico circular mais
em consultórios médicos
e odontológicos, a empresa vai sortear quatro
pacotes de viagens para a
Copa da África do Sul
entre os profissionais
que aceitam o meio de
pagamento. As assistentes vão a Buenos Aires.
Ao todo, serão mais de
500 viagens para a Copa,
em diferentes promoções da companhia, algumas delas em parceria
com os maiores bancos
brasileiros.
"Queremos acelerar os
investimentos nos próximos cinco anos. Do total
do consumo privado no
Brasil, só 20% pagam
com cartão e 80% usam
dinheiro ou cheque, que
são os nossos maiores
concorrentes", afirma
Rubén Osta, diretor-geral da Visa no Brasil.
RUMO À ÁFRICA 1
A carência por equipamentos para dar suporte ao
crescimento de Angola
criou uma demanda por
máquinas usadas no país
africano. O efeito será estudado pela consultoria Quorum Brasil, que vai a Angola nas próximas semanas
para levantar outras características para orientar empresas brasileiras que pretendem investir no país
africano.
RUMO À ÁFRICA 2
Na área de exportações, a
empresa de consultoria
identificou como potenciais
os setores de alimentos, móveis, equipamentos e máquinas de médio e baixo valor
agregado. Há ainda mercado
para que empresas brasileiras ampliem as vendas a Angola de equipamentos agrícolas de média e baixa intensidade tecnológica, equipamentos médicos e odontológicos, fármacos e outros.
RELEITURA
O governador Sérgio Cabral (RJ) relê "Casa-Grande & Senzala" (Global Editora), de Gilberto Freyre e
se dedica à leitura de "Uma Breve História do Século XX" (ed. Fundamento), de Geoffrey Blainey.
Fundo de pensão brasileiro é o que mais cresce
Com avanço de 54%, os
fundos de pensão brasileiros
foram os que mais cresceram
no mundo em 2009, ou mais
que o dobro que o segundo
colocado (Hong Kong).
O resultado de 2009 reafirma um cenário que tem
acontecido recentemente, já
que o setor no Brasil é o que
apresenta a maior taxa de expansão anual entre 1999 e o
ano passado, segundo levantamento da consultoria Towers Watson, com fundos de
pensão de 13 países.
Parte da explicação para a
expansão no ano passado se
deve à composição da carteira do segmento no país. No
ano passado, 72% dos recursos dos fundos de pensão
brasileiros estavam alocados
em ações (de longe os que
mais investiram nessa área),
e a Bovespa foi a Bolsa de Valores que mais se valorizou
no mundo no período.
Apesar do avanço, em total
de ativos, os fundos brasileiros estavam em nono lugar,
com US$ 392 bilhões. Líderes, os americanos tinham
US$ 13,2 trilhões em 2009.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e ÁLVARO FAGUNDES
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