da Reportagem Local

As entradas de dinheiro estrangeiro na Bolsa de Valores de São Paulo neste ano superaram as saídas em R$ 343,8 milhões até o pregão do dia 19 passado. As compras atingiram R$ 1,592 bilhão, e as vendas, R$ 1,248 bilhão.
Em janeiro, o saldo de capital externo tinha sido negativo em R$ 178,4 milhões.
O resultado agradou, mas não chegou entusiasmar. Os analistas ressaltam que esse dinheiro vem de fundos internacionais mais agressivos, que estão aqui para aproveitar a desvalorização do real e sair rápido, ao primeiro sinal de instabilidade.
O investidor estrangeiro de médio e longo prazo ainda vai demorar para voltar, avaliam, porque o risco Brasil ainda é muito alto.
Ao final do pregão de ontem, a Bovespa apresentou ligeira valorização de 0,11%, depois de ter caído até 1,34%.
O destaque do dia no mercado acionário ficou para o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, que encerrou o dia em baixa de 1,52%. A queda foi interpretada como uma correção da alta dos últimos dias, patrocinada pela expectativa de algum indício de alta de juros como medida preventiva contra a inflação nos EUA.
Apesar da queda lá fora e do volume baixo de negócios -R$ 394,5 milhões-, a Bovespa se manteve firme. As ações dos bancos tiveram boa performance, com destaque para os papéis do Banespa, em alta de 8%, ajudados por notícias de renegociação de dívidas de prefeituras.
Os juros ficaram praticamente estáveis no over, fechando a 38,87% ao ano.
Os títulos da dívida brasileira também se mantiveram estáveis. Os C-bonds foram cotados a 58,25% de seu valor de face.
O mercado financeiro como um todo continua em compasso de espera da sabatina do presidente indicado do BC, Armínio Fraga.


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